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A superintendência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária em Goiás (Incra-GO) deve promover uma reunião com membros do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST-GO) nesta quinta-feira, 24, em Goiânia. O encontro foi marcado após a ocupação da sede do governo, realizada na segunda-feira, 21, quando representantes do movimento protocolaram uma série de reivindicações relacionadas à pauta agrária no estado. A reunião está marcada para ocorrer às 15h, com a entrega da devolutiva oficial sobre as demandas apresentadas.

Entre os principais pedidos estão o acesso a terras para famílias acampadas, a renegociação de dívidas e a ampliação do acesso ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). O movimento também cobra a regularização de áreas já ocupadas há mais de dez anos, onde famílias vivem e produzem, mas ainda não possuem titularidade definitiva. Segundo o MST, a situação reflete a lentidão na efetivação da reforma agrária em Goiás, o que tem comprometido a segurança alimentar e o desenvolvimento sustentável de centenas de comunidades rurais.

De acordo com os representantes do movimento, a mobilização busca iniciar o governo federal para implementar uma reforma agrária popular, capaz de garantir o sustento de milhares de famílias camponesas. O MST defende que a distribuição de terras seja aliada a políticas públicas que promovam o fortalecimento da agricultura familiar, a geração de emprego no campo e o combate à desigualdade social. “Para o MST, a reforma agrária é a principal medida para que o Brasil alcance a soberania alimentar, combata o desemprego urbano e rural e fortaleça o mercado de consumo interno”, destaca a organização.

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