Em média, mulheres de Goiânia ganham quase um salário mínimo a menos que os homens

09 outubro 2025 às 11h54

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A desigualdade salarial entre homens e mulheres segue sendo uma realidade preocupante em Goiânia, conforme revela estudo divulgado nesta quinta-feira, 9, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base no recorte de rendimentos do Censo de 2022.
Segundo o levantamento, as mulheres goianienses recebem, em média, quase um salário mínimo a menos que os homens — considerando o valor de R$ 1.212,00, referente ao mínimo vigente em 2022. A renda média feminina na capital é de R$ 3.558,34, enquanto a masculina alcança R$ 4.842,95.
Entre os municípios da Região Metropolitana de Goiânia, o segundo maior índice de desigualdade de gênero aparece em Hidrolândia, onde as mulheres ganham R$ 964,00 a menos que os homens. Em seguida, Bela Vista de Goiás apresenta uma diferença de R$ 929,00 entre os rendimentos.
Problema estadual
No Estado de Goiás como um todo, a renda média masculina é 25% que a feminina, sendo R$ 3.175,44, enquanto a feminina fica em R$ 2.424,00 — valor que mal supera dois salários mínimos de 2022. A disparidade se acentua entre trabalhadores com ensino superior completo: homens recebem, em média, R$ 6.981,12, contra R$ 4.314,72 das mulheres — uma diferença superior a dois salários mínimos da época.
O município que mais evidencia a desigualdade salarial de gênero em Goiás é São Miguel da Passa Quatro, na Região Sudeste, com diferença de R$ 2.074,00 entre os rendimentos médios. Nessa cidade, homens ganham R$ 3.962,00, enquanto mulheres recebem apenas R$ 1.888,00.
De forma semelhante, municípios do Sudoeste goiano também apresentam índices elevados de desigualdade. Em Chapadão do Céu, a diferença média é de R$ 1.637,00; já Jataí e Rio Verde registram disparidades próximas de R$ 1.000,00.
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