Lêda Selma retorna à presidência da Academia Goiana de Letras
Raunner Vinícius Soares
14 novembro 2025 às 17h58
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A eleição realizada na última quinta-feira, 13, marcou o retorno da poetisa e prosadora Lêda Selma à presidência da Academia Goiana de Letras (AGL). A chapa única intitulada “AGL Em Movimento” foi escolhida para comandar a instituição no biênio 2026-2028. Dos 40 acadêmicos, 29 compareceram à votação, que resultou em 23 votos válidos, cinco em branco e um nulo. A posse está marcada para 15 de janeiro de 2026.
A nova diretoria é composta por nomes de peso da literatura goiana:
– Presidente: Lêda Selma
– Vice-presidente: Ademir Luiz
– Secretário-Geral: Getúlio Targino Lima
– Primeiro-Secretário: Nasr Chaul
– Segundo-Secretário: Edival Lourenço
– Primeiro-Tesoureiro: Maria Helena Chein
– Segundo-Tesoureiro: Francisco Itami Campos
– Diretor de Biblioteca: Hélverton Baiano
O Conselho Fiscal terá como titulares Maria do Rosário Cassimiro, Itaney Campos e Miguel Jorge, com Augusta Faro Fleury de Melo, Kleber Adorno e Manuel Bueno Brito (Nequito) como suplentes. A Casa Altamiro de Moura Pacheco será dirigida por Maria de Fátima Gonçalves Lima, e a Revista da AGL terá como diretor Ademir Hamú.
Em entrevista ao Jornal Opção, Lêda Selma destacou a importância de assumir novamente a presidência da AGL. “É a coroação de uma carreira, de uma jornada do escritor. A Academia é uma entidade de quase 87 anos que nunca parou um dia de funcionar. Ser presidente é uma forma de dar visibilidade ao escritor e de ajudar a instituição a cumprir seu papel”, afirmou.
A escritora relembrou sua trajetória: presidiu a AGL entre 2015-2017 e 2017-2019, e agora retorna após 16 anos. “Sou a segunda mulher a presidir a Academia em quase nove décadas e a primeira pessoa a conquistar um terceiro mandato. Isso mostra a confiança dos colegas e a necessidade de dinamismo na gestão”, disse.
Lêda Selma rejeita a ideia de estagnação e aposta em dinamismo e abertura. Entre os projetos que pretende retomar estão:
– Academia na Escola e Escola na Academia: iniciativas voltadas para aproximar estudantes da literatura e da instituição.
– Academia na Calçada e Academia na Rua: ações de socialização e interação com vizinhos, empresários, mecenas e a comunidade em geral.
“Costumo dizer que a Academia é uma entidade séria e tradicional, mas não precisa ser sisuda. Há momentos que são só dos acadêmicos, mas também precisamos abrir ao público para que ele entenda o que é uma academia de letras”, explicou.
Um dos grandes sonhos da nova gestão é realizar uma Feira do Livro que reúna academias de Goiás e de outros estados. “Na minha primeira gestão fizemos um encontro regional, mas o recurso era pequeno. Agora queremos inscrever projetos em leis de incentivo que nos permitam trazer academias de todo o país, promovendo intercâmbio e interação”, revelou.
Além disso, a presidente pretende fortalecer parcerias com academias do interior e da capital, e ampliar a participação em feiras literárias nacionais.
Lêda Selma destacou a atuação de seu vice-presidente, o escritor e crítico Ademir Luiz, que traz o olhar jovem e conectado às redes sociais. “Ele é muito atuante, antenado e dinâmico. Vai inserir a Academia nas redes sociais, recriar nosso site e abrir espaço no Jornal Opção para divulgar nossas ações. A feira do livro também é ideia dele”, contou.
Segundo a presidente, Ademir Luiz será responsável por projetos como Escrita Criativa e Alta Literatura, que pretendem incentivar novos escritores e prestigiar autores da casa, além de trazer nomes de fora para enriquecer o debate literário em Goiás.
A nova gestão pretende inscrever projetos em todas as leis de incentivo possíveis, garantindo recursos para ampliar a atuação da AGL. “Queremos dar maior protagonismo e visibilidade à Academia. Nosso objetivo é que os trabalhos dos escritores goianos cheguem além das fronteiras do estado”, afirmou Lêda Selma.
Com dinamismo, abertura e projetos voltados para a comunidade, a presidente reafirma o compromisso de manter a tradição da AGL sem perder o movimento e a vitalidade que a literatura exige.
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