O calendário do Estado de Goiás ganhou mais uma data comemorativa. Trata-se do Dia Estadual da Música Raiz e da Viola Caipira. O projeto de lei de autoria do deputado estadual Bruno Peixoto (UB) foi aprovado pela Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) e foi sancionada pelo governo Ronaldo Caiado (UB).

As comemorações ocorrerão todos os anos no dia 13 de julho. A nova data foi instituída pela Lei Estadual nº 21.876, a partir do projeto de lei nº 6912/21. Bruno Peixoto destacou a importância em manter as manifestações artísticas e culturais goianas. Para ele, é preciso que o poder público incentive a valorização da música caipira. O que seria a melhor representação da identidade do povo brasileiro.

Na justificativa da proposta, o parlamentar citou que é um gênero que se mantém nos rincões de Goiás e de todo o Brasil. E que representa fielmente “a nossa cultura popular autêntica”. “Ela tem destaque na música onde a tradição de moda de viola é passada de geração em geração. Músicas entoadas em suas cordas atravessam décadas e gerações e até hoje são presentes no dia a dia da cultura goiana. A criação desse dia promoverá ações voltadas para o incentivo e para manter viva a cultura popular musical”, emendou.

Dia Nacional da Música

Em dezembro de 2022, o Congresso Nacional aprovou a lei LEI Nº 14.472, que foi sancionada pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL) instituído o 13 de julho como Dia Nacional da Música e Viola Caipira.

Cornélio Pires foi divulgador da música caipira em todo o país | Foto: arquivo
Cornélio Pires foi divulgador da música caipira em todo o país | Foto: arquivo

Essa data foi escolhida por ser o aniversário de Cornélio Pires. Ele foi organizador e divulgador da música caipira em todo o país. Foi dele a adaptação do gênero ao formato fonográfico, quando registrou os cantos que ouviu dos artistas populares caipiras em suas andanças pelo interior do país.

Cornélio Pires foi jornalista, escritor, folclorista e importante etnógrafo da cultura caipira e do dialeto caipira. Ele nasceu em 1884, em São Paulo, e morreu em 1958. Em toda a sua carreira, publicou mais de vinte livros, nos quais procurou registrar o vocabulário, as músicas, os termos e expressões usadas pelos caipiras, inaugurando, em 1928, as primeiras gravações dos genuínos caipiras que foram transformadas em discos.