Casa Valenta: Goiânia recebe projeto de formação cultural e artística

07 junho 2024 às 12h51

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A Agência Valenta Arte Urbana promove uma série de atividades formativas para artistas independentes como parte do Projeto Casa Valenta. São oficinas e formações que acontecem de forma gratuita aos sábados pela tarde, de junho a dezembro, na Casa Valenta, no Jardim Atlântico, em Goiânia. O projeto, que conta com a participação de artistas de todo o Brasil, é realizado com apoio da Lei Paulo Gustavo e operacionalizado pelo Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Cultura.
As atividades para os meses de junho e julho já começaram a ser divulgadas. No dia 29 de junho, a produtora Taiana Martins ensina “como elaborar um projeto cultural”, a fim de preparar artistas independentes para pleitear aprovação nos editais de cultura. No dia seis de julho acontece oficina de colagens e lambes (cartazes de rua) com o artista visual Marcelo Maróstica. Por fim, no dia 13 de julho, a artista BeaLake de Belo Horizonte traz uma oficina sobre produção de zines (produções impressas de baixo custo semelhantes às revistas).
Como o número de vagas é limitado, é preciso preencher um formulário de inscrição para participar de cada atividade. Caso as inscrições superem o limite de participantes, a organização do projeto vai selecionar pessoas dando prioridade para grupos em algum tipo de vulnerabilidade social. Para se inscrever e saber mais detalhes sobre o projeto é só acessar o link na descrição do perfil @valenta_brasil no instagram.
A Casa Valenta oferece três trilhas formativas ao longo dos meses de realização do projeto. A trilha de formação Onça Pintada reúne oficinas de arte urbana, artes visuais e produção cultural, além de intervenções em via pública. A trilha Sussuarana aborda a economia criativa, com estratégias para fortalecimento das ações e planejamento de projetos. Por fim, a trilha de formação Jaguatirica traz curso de introdução ao audiovisual. Os encontros contam, dependendo da demanda, com intérpretes para pessoas surdas.
Também estão previstas programações não profissionalizantes abertas ao público como feiras e exibições de filmes. Para essas atividades, que ainda vão ser divulgadas com mais detalhes, não é preciso realizar inscrições.

Produção
Em entrevista ao Jornal Opção, a coordenadora da Casa Valenta, Larissa Pitman, define o trabalho como “Projeto voltado para formação cultural, artística e profissional com o objetivo de democratizar o acesso à arte e à cultura”. Ao mencionar os próximos editais de incentivo à cultura que serão abertos, como a Lei Aldir Blanc e o Núcleo de Formação e Criação Artística e Cultural (NUFAC), Titman diz que “a ideia é que o projeto possa fortalecer outros artistas”.
A diretora da Valenta, produtora responsável pelo projeto de formação Casa Valenta, conta que as inscrições para as oficinas serão abertas a cada mês, e revela ainda que as três formações abertas já estão quase lotadas. Um outro ponto relevante do projeto é fortalecer a rede de artistas ligados ao estado. “Fazer essa conexão, mostrar que Goiás produz cultura”, concluiu.
A artista visual de Belo Horizonte BeaLake traz uma oficina no mês de julho sobre produção de zines. A responsável por esse tópico da formação destaca a importância da construção coletiva, conversando inclusive com o destaque dado por Larissa às conexões que surgem graças à Casa Valenta. “Construir a partir do repertório das pessoas, mas também ampliar esse repertório gráfico”, explicou.
Taiana Martins, responsável pela oficina de elaboração de projetos culturais, conta que, durante o encontro na Casa Valenta, ela vai apresentar as estruturas básicas do gênero e seus conceitos chaves, ensinar técnicas de arquivamento e classificação de documentos, e oferecer dicas práticas com base em projetos já aprovados. Com mais de 10 anos de experiência com editais em diversos setores (para entidades públicas e privadas), Taiana destaca a integração que o projeto possibilita: “A questão da rede que o projeto está proporcionando, ela é muito valiosa”