Após 12 anos, Hélio Fróes retorna aos palcos com o monólogo “Cobre do meu pai”
Giovanna Campos
10 outubro 2024 às 11h44
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O ator e dramaturgo Hélio Fróes, da consagrada Cia de Teatro Nu Escuro, retorna aos palcos após 12 anos de afastamento com a estreia do monólogo “Cobre do meu pai”. A peça será apresentada nos dias 16, 17 e 18 de outubro, às 20h, no Teatro SESC Centro, em Goiânia, com entrada franca.
O monólogo, que mistura humor, drama e poesia, explora memórias ficcionadas do artista sobre a figura de seu pai, abordando temas universais como o patriarcado e as masculinidades. No palco, Fróes contracena apenas com um tapete de couro circular e um tacho de cobre, simbolizando a herança familiar e o enfrentamento de segredos do passado.
Com direção de Fernanda Pimenta e produção de Geovani Santos, “Cobre do meu pai” foi contemplado pelo Edital de Arte e Criação em Goiás da Lei Paulo Gustavo. O espetáculo adota uma abordagem minimalista e documentária, com um toque pessoal que promete ressoar emocionalmente com o público.
Durante os anos afastado dos palcos, Hélio Fróes enfrentou desafios pessoais, como a perda de seu pai e sua própria batalha contra o câncer. Além disso, ele se dedicou à docência na Escola do Futuro em Artes Basileu França e à produção audiovisual, dirigindo trabalhos como “Festa Entre Parentes” e “Vila Mariote”.
O monólogo promete uma narrativa íntima e profunda, com momentos de alívio cômico e toques poéticos que enriquecem a trama, criando uma experiência emocionalmente impactante para o público.
Sinopse
A decisão do protagonista de vender a herança de família, um tacho de cobre de cem litros, funciona como uma metáfora para uma jornada de autodescoberta. O tacho de cobre, além de seu valor material, torna-se uma alusão para a herança e o legado que o protagonista carrega. Assim como o tacho é passado de geração em geração, as questões do passado são transmitidas de uma geração para a próxima. A forma circular do tacho representa a inevitabilidade desse ciclo, a menos que seja interrompido. O protagonista é confrontado com as ações e segredos de seu pai, que lançam luz sobre sua própria identidade e sua ligação com o passado. Ele percebe que, para romper com o ciclo vicioso de seu passado, ele precisa confrontar e aceitar as verdades incômodas e os segredos que foram escondidos.
