O delegado Adelson Candeo, do Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) de Rio Verde, responsável pela investigação ouve nesta sexta-feira, 19, a esposa de Rildo Soares dos Santos. O depoimento será por vídeo conferência devido ela morar na Bahia e buscará dar detalhes de como era a rotina do Rildo. O acusado é investigado por pelo menos seis ocorrências violentas: três feminicídios, um latrocínio e o desaparecimento de duas mulheres. As autoridades apontam a possibilidade de se tratar de um serial killer, diante do padrão encontrado nas investigações.

O crime que levou à prisão do suspeito foi o feminicídio de Elisângela da Silva Souza, de 26 anos. Ela desapareceu na madrugada de 11 de setembro, quando saía para trabalhar. Imagens de câmeras de segurança registraram a jovem acompanhada de Rildo em direção a um terreno baldio no bairro Popular. No dia seguinte, a família registrou ocorrência de desaparecimento e iniciou buscas por conta própria.

Natural da Bahia e atuando como pintor, ele é investigado por pelo menos seis ocorrências violentas: três feminicídios, um latrocínio e o desaparecimento de duas mulheres. Em todos os casos, os crimes ocorreram de madrugada, em terrenos baldios. Após estarem sob o jugo de Rildo, as vítimas eram mortas a pauladas, principalmente na cabeça.

As vítimas eram enterradas sobre escombros e pedras. Em um dos casos ele também ateou fogo no cadáver das vítimas. Na residência dele, os policiais apreenderam bolsas femininas, roupas, celulares e até bonecas. Para os investigadores, esses objetos podem ser “troféus” de outros crimes ainda não identificados.

Mortes sob investigação

Rildo confessou o assassinato e detalhou a dinâmica do crime. Segundo a polícia, ele teria arrastado a vítima para uma área de mata, praticado violência sexual, desferido pauladas e esganadura, antes de ocultar o corpo em uma cova rasa. Além de Elisângela, o suspeito é apontado como responsável pelas mortes de Alexânia Hermógenes Carneiro, de 40 anos, e Monara Pires Gouveia, de 31 anos, ambas também encontradas em terrenos baldios de Rio Verde.

A polícia também investiga o desaparecimento de duas mulheres: uma de 38 anos, usuária de drogas, vista pela última vez em 12 de setembro, e outra de 42 anos, com transrtornos mentais, desaparecida desde maio. A bolsa de uma delas foi encontrada na residência do suspeito, o que reforça as suspeitas de envolvimento. 

Prisão preventiva 

Rildo está detido preventivamente na Casa de Prisão Provisória de Rio Verde. Ele responde pelos crimes de feminicídio, latrocínio e ocultação de cadáver no caso de Elisângela, enquanto é investigado pelos demais assassinatos e desaparecimentos. As penas pelos crimes já atribuídos podem ultrapassar 200 anos de prisão.

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