Vício em apostas esportivas: quando começar a se preocupar e como se livrar
10 julho 2023 às 09h30
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Nos últimos anos, talvez por influência da pandemia, muitas pessoas começaram a apostar dinheiro em resultados de partidas de esportes acreditando ser algo completamente inocente e correto. A prática, porém, tem se tornado cada vez mais preocupante, uma vez que pode desencadear vício nos usuários. Além das apostas online, existem também aplicativos que prometem um bom retorno financeiro, inclusive, são amplamente divulgados por influencers nas redes sociais. Existe perigo em ambos os tipos de jogos.
É, por isso, que o psiquiatra Fábio Aurélio Leite, do Hospital Santa Lúcia, de Brasília, alerta para o número de pessoas com compulsão em apostas. Os atendimentos para esse tipo de problema tem crescido em seu consultório. “Muitos jovens estão viciados em apostas esportivas online, especialmente de futebol. O vício em apostas esportivas online é, na verdade, um transtorno que pode ser chamado de ludomania ou jogo patológico. Torna-se preocupante a partir do momento em que atrapalha as atividades sociais do jogador ou faz ele cometer loucuras para continuar apostando”, explica o psiquiatra.
Um exemplo do vício é que quando os jogadores observam o resultado da aposta, ocorre um aumento de atividade no sistema cerebral. São liberados os Neurotransmissores, hormônio associado ao prazer, o que faz com que a pessoa se sinta bem.
Vício
O vício pode ser percebido por atitudes como olhar o aplicativo de aposta toda hora, gastar mais do que ganha, tentar reduzir as apostas mas não conseguir, ficar irritado ao não apostar, continuar jogando para recuperar o dinheiro perdido. Começar com mentiras é outro fator e deixar de se socializar para ficar envolvido com as apostas.
“O primeiro passo para vencer o vício é o paciente querer. Enquanto ele não quiser parar, o transtorno vai continuar. A próxima etapa é desinstalar o aplicativo e parar de consumir aquilo que lhe dá gatilho para apostar. A pessoa pode ainda praticar psicoterapia ou participar de grupos de apoio para tratar a ludomania”, esclarece o psiquiatra.
*Com informações do Metrópoles