Imprudência, consumo de bebidas alcoólicas e volante não se misturam. É o que dizem as leis do trânsito, mas que não vem sendo seguidas pelos condutores goianos. Isso porque entre 1º de janeiro e 11 de dezembro de 2022, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou 2.080 acidentes apenas nas rodovias federais que cortam o estado. Entre as colisões houve 190 mortes e 2.348 feridos.

“Agora com o período de festejos e das chuvas a gente acende o alerta. A tendência é ter um aumento de carros nas rodovias e, consequentemente, de acidentes. Por tanto, passagens proibidas, falta do cinto de segurança, excesso de velocidade e principalmente a alcoolemia devem ser evitados. Se você for pegar a estrada, redobre a atenção e respeite a legislação”, explicou o inspetor da PRF, Newton Moraes.

Goiânia

Em Goiânia, a situação não é diferente. Segundo dados da Delegacia Especializada em Investigação de Crimes de Trânsito de Goiânia (DICT), entre janeiro e 20 de setembro, foram registradas 155 vítimas fatais, sendo: 90 mortes envolvendo motociclistas, 10 mortes envolvendo ônibus (transporte público) e 27 mortes por atropelamento. O ‘resto’ (28 mortes) foram provocadas por colisões entre carros. 

Juntas, a PRF e a Dict registraram 2.235 acidentes, que evoluíram para 345 mortes. Ou seja, por dia as corporações foram acionadas para atender mais de seis colisões. Apenas entre sexta-feira, 10, e esta segunda-feira, 12, foram registrados ao menos oito acidentes em quatro cidades: Goiânia, Três Ranchos e Anápolis e Porangatu. 

Os números podem estar relacionados a quantidade de veículos que circulam pelo estado, conforme o delegado Thiago Damasceno. Atualmente, Goiás conta com 4.468.324 veículos cadastrados, de acordo com o Departamento de Estadual de Trânsito de Goiás (Detran).

“Os motociclistas estão entre as principais vítimas de trânsito porque há uma quantidade maior de motociclistas no trânsito. Elas também expõem o seu condutor. Às vezes uma simples colisão entre dois veículos não pode causar lesão, mas se você envolve uma motocicleta já pode causar uma lesão no motociclista. Há ainda a falta de conscientização com as leis do trânsito”, explicou Thiago.

Prevenção 

Para o investigador, se o motorista respeitar as leis de trânsito, como a sinalização, o número de acidentes pode diminuir drasticamente. 

“O principal seria a obediência às leis de trânsito. Se cumprir as leis, naturalmente iria ter uma diminuição. Lógico que há outros fatores como um buraco na via, um pneu que estoura e a culpa exclusiva da vítima, que pode entrar na via sem prestar atenção no fluxo da pista”, concluiu.