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Paulo de Almeida Magalhães Filho

Especial para o Jornal Opção

A bandeira do Vila Nova, clube de Goiás, abrilhantou o jogo entre as seleções do Brasil e de Camarões. Pertinho do gol, a bandeira vermelha, simpática e atlética, viu a bola do time africano entrar sem se manifestar. Há quem diga que se movimentou, com ar de desânimo. Quem viu pela televisão não percebeu nada, pois, aparentemente, a bandeira permaneceu fleumática, sem chorar, ao contrário de alguns torcedores mais emotivos.

Mas, de alguma maneira, a bandeira do Vila, colocada quase atrás do gol, deu azar para a seleção de Tite? Os pessimistas acham que sim. O advogado Sérgio Lucas e o executivo Eduardo Machado certamente dirão que, se a camisa fosse a do Goiânia, o Brasil teria goleado, com gol até do goleiro, de pênalti. Torcedores do Goiás possivelmente dirão que, se a bandeira fosse do seu time, a vitória teria sido elástica — quiçá 7 a 1.

O perigo era a bandeira do Goiás, por ser verde, “torcer” para Camarões.

O fato é que, brincadeira à parte, a bandeira do Vila Nova não deu azar coisa alguma para a seleção brasileira. O problema é que o nosso time jogou mal, muito mal. Tite errou ao retirar Rodrygo de campo, porque, ao lado de Martinelli, era o único jogador criativo em campo. No futebol, dizem os 214 milhões de brasileiros, quem não faz leva. O Brasil não fez e, daí, levou um. Vergonhoso.

Já estou com medinho da Coreia e um medão danado da França, da Espanha e, sim, da Argentina. O nosso futebolzinho de clube de várzea não será suficiente para ganhar das grandes seleções citadas.

Ah, jogamos com o time reserva? Pois é: não estou vendo muita diferença entre o titular e o reserva. A esperança é o milagre da volta de Neymar. Chego até a perdoá-lo por não pagar impostos de acordo com os interesses do governo federal. Afinal, nem eu gosto.

Paulo de Almeida Magalhães Filho é professor de redação em Brasília.