O governo federal autorizou o primeiro concurso do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação desde 2012. São 814 vagas para nível superior. O edital tem seis meses para ser publicado, ou será cancelado. Ele vai contemplar a reestruturação do quadro de pessoal das unidades de pesquisa, segundo o ministério.

A portaria com a autorização assinada pela ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, foi publicada nesta segunda-feira, 10. No mês passado, foi autorizado também um concurso público para o Itamaraty.

Para o professor do Departamento de Administração da Universidade de Brasília (UnB), Francisco Antônio Coelho Júnior, as áreas de saúde e educação devem ter prioridade no processo. Ele defende um mapeamento da máquina pública para saber onde é necessário a reposição de pessoal.

“As agências, as entidades federais do Executivo, como um todo, e aí tendo que particularizar cada organização para fazer o mapeamento do dimensionamento da força de cada organização, que justifique a proposição. Entendendo o real interesse da sociedade, que é o pressuposto básico da administração pública”.

A chegada de novos profissionais ajuda a oxigenar e melhorar o serviço público, segundo o professor Francisco Coelho.

“Pessoas que tem mais conhecimento em relação às possibilidades de ferramentas de autogestão e de busca pelo melhor desempenho, com o compromisso social mais efusivo, e que, portanto, são capazes de impactar na cultura organizacional’.

O professor defende ainda que os gestores precisam saber alinhar o perfil e as competências do ocupante com o cargo para garantir a qualidade do serviço e manter o servidor engajado e produtivo.