Educação da UFG cobra convocação de aprovados em concurso para Goiânia

10 junho 2023 às 14h25

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A Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás (UFG) emitiu uma carta de manifestação pública denunciando a omissão da Prefeitura de Goiânia em convocar aprovados em concurso público. De acordo com um despacho da Secretaria Municipal de Administração Pública de Goiânia, o déficit atual de professores é de 2.913 vagas, abrangendo diferentes áreas, níveis e modalidades da educação, decorrentes de exonerações, aposentadorias e óbitos.
“Nos últimos anos, vivenciamos um período de verdadeiro desmonte da carreira, formação e profissionalização docente, em total desobediência aos preceitos constitucionais que determinam que o provimento de professores para o magistério público se efetive por meio de concurso”, diz a nota.
Diante dessas denúncias, a Faculdade de Educação da UFG se uniu a outras unidades da universidade e entidades da área da Educação para exigir ações do poder público municipal. Em uma nota conjunta, as seguintes medidas foram solicitadas:
a) Apuração oficial do déficit na área de Profissional da Educação, a fim de evitar prejuízos ao quadro permanente de servidores.
b) Convocação imediata dos/as aprovados/as e classificados/as do cadastro de reserva do Edital 1/2020, com a substituição imediata de servidores/as com contratos temporários por concursados, em conformidade com a legislação vigente.
c) Renovação do Edital N0001/2020, considerando as futuras aposentadorias dos servidores/as que ingressaram nos certames de 1991 e 1996.
Professores se manifestaram
Dezenas de aprovados no último concurso da prefeitura de Goiânia protestaram na Câmara Municipal, exigindo a convocação por parte do prefeito Rogério Cruz (Republicanos). Durante o manifesto, na quinta-feira, 1º, os manifestantes exibiram cartazes com críticas ao requerimento do vereador Sargento Novandir, que propõe a prorrogação dos contratos temporários de 2 para 5 anos.
A representante da Comissão dos Concursados, Giovanna de Abreu, destacou a falta de diálogo e transparência por parte da prefeitura em relação ao cronograma de convocação, ressaltando que existe a necessidade de mão de obra e não se justifica a prorrogação dos contratos temporários.
A prefeitura ressaltou que o concurso tem um prazo de vigência de dois anos, podendo ser prorrogado por igual período, e que novas convocações serão feitas de acordo com a demanda e os cargos do concurso. O certame contou com mais de 100 mil candidatos para cargos em todos os níveis.