José Feliciano teve sorte, pois sair antes para ir ao departamento médico. José Kairala deu azar e morreu

José Feliciano (à esquerda), Antônio Soares (Toniquinho) e Juscelino Kubitschek| Foto: Reprodução

No dia 4 de dezembro de 1963 aconteceu um ato de grande violência no Senado.

A sessão estava sendo presidida por Auro de Moura Andrade e o senador Arnon de Melo, pai de Fernando Collor, de Alagoas, chegara à tribuna para falar. Logo na primeira fila do plenário se encontrava outro senador alagoano, Silvestre Péricles de Góes Monteiro, que era inimigo mortal de Arnon.

O registro da briga no Senado, na década de 1960 | Foto: Reprodução

Quando o pai de Fernando Collor atacou verbalmente seu adversário, este retrucou, muito bravo, e então Arnon de Melo sacou um revólver 38, descarregando contra o inimigo. Silvestre, também armado, deitou-se no chão. Dois tiros foram atingir na segunda fileira um senador que estava assumindo naquele dia, José Kairala (era suplente pelo Acre).

Arnon de Melo e o bate-boca no Senado | Foto: Reprodução

José Feliciano Ferreira, que era senador por Goiás, também ex-governador do Estado, havia se retirado do plenário alguns minutos antes.

Ele teve de ir ao departamento médico da casa em busca de uma receita. Se estivesse em sua poltrona, os dois tiros o teriam atingido.