A reeleição no Brasil gera vários vícios, gestando “oligarquias” num país que precisa ser moderno na prática

A possibilidade de reeleição do presidente da República, dos governadores e dos prefeitos é uma inconveniência. Cria muitos vícios.

Chegou a hora de uma reação, ou seja, algum movimento forte para mudar de novo a Constituição, tirando a possibilidade de se reeleger.

Dilma Rousseff, Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso: o trio foi eleito para ficar 24 anos no poder | Foto: Roberto Stuckert Filho/PR.

Não se pode fazer isto imediatamente, por direito adquirido. Seria, pois, para valer a partir de 1928, no caso de prefeitos, e 2030, no caso de presidente e governadores. Creio que a duração ideal do mandato seria de cinco anos.

Quando presidente da República, o sociólogo Fernando Henrique Cardoso comandou uma grande operação pela reeleição. Ele ficou oito anos na Presidência, assim como Lula da Silva. Mas agora Fernando Henrique avalia que cinco anos é suficiente.

Nos Estados Unidos, até Franklin Roosevelt não havia limite (o democrata foi eleito quatro vezes seguidas). Mas em seguida foi votada uma emenda na Constituição e um político só pode ser presidente da República duas vezes. Portanto, Bill Clinton, George W. Bush e Barack Obama não podem mais disputar a Presidência do país de Abraham Lincoln e John Kennedy.