O motorista de uma caminhonete passou o carro do militar, deixando-o na poeira. O interventor decidiu se vingar

Governador de Goiás por um ano (de 23 de janeiro de 1965 a 31 de janeiro de 1966), imposto pela ditadura civil-militar após a intervenção no Estado em novembro de 1964, o marechal Emílio Rodrigues Ribas Júnior (1897-1973) apreciava muito as águas do Rio Quente e gostava de passar lá os fins de semana.

Certa vez, na viagem para o Rio Quente, no trecho a partir de Morrinhos, que não era ainda pavimentado, o carro oficial da governadoria, que era um Aero-Willys, foi ultrapassado por uma camionete. Ribas Júnior mandou o motorista acelerar, mas de modo algum ele conseguiu alcançar a camionete.

E assim Ribas foi enfrentando a poeira. No começo da noite, já no resort de Rio Quente, Ribas Júnior foi à piscina e viu a camionete estacionada. Ele fumava cachimbo, que levava no bolso do roupão, assim como o gancho desentupidor. Pegou o gancho e, como se fosse um garoto brincalhão, esvaziou os quatro pneus da camionete.

No resort Ribas Júnior gostava de ficar curtindo a água em um poço que acabou ficando com nome de poço do governador.