Nomes indígenas, como Yara e Ubiratan, saem de moda no Brasil

14 junho 2020 às 00h00

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A artista plástica vendeu terreno para uma incorporadora, em Goiânia, e impôs uma condição — a de que o edifício não teria não denominação estrangeira
Tempos atrás nas certidões de nascimento no Brasil havia muitos nomes de origem indígena, como Ubirajara e Ubiratan, masculinos, e Yara e Moema, que são por sinal bonitos. Hoje quase não se usam mais tais nomes.
Havia muitos bares e restaurantes também com designações indígenas, como Tamoio, Tupi e Guarany, hoje não.
O que se percebe muito hoje são designações indígenas, mas norte-americanas, como Manhattan, Cadilac e Cherokee. Nomes de edifícios, comerciais e residenciais, também quase não recebem designações indígenas.
Em alguns prédios chega até a ocorrer a pronúncia errada por moradores. A artista plástica Saida Cunha vendeu terreno para uma incorporadora, no Setor Oeste, em Goiânia, impondo uma condição — a de que o edifício que seria construído não tivesse denominação estrangeira.
Foram tão bons exemplos no passado como o de Assis Chateaubriand, que fundou emissoras de rádio e de TV com designações indígenas, como Tupi e Tamoio. Quem acha que são feias designações originárias do Tupi, um exemplo: um dos imóveis mais caros do mundo tem nome desse idioma indígena.