“Nhola dos Anjos” é um grande conto de Bernardo Élis

17 maio 2020 às 00h00

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O escritor se inspirou na história da cheia do Rio Paranã para escrever a história. Depois, escrito o conto, houve uma cheia no Rio Corumbá
Sem dúvida que o conto “Nhola dos Anjos e a Cheia do Corumbá”, de Bernardo Elis, é uma pequena obra-prima.
Detalhe interessante: Bernardo se inspirou para escrevê-lo, em 1944, morando já em Goiânia, onde fazia Direito, em outro rio.

O escritor morava em um hotel na Rua 16, Centro, de propriedade de Manduca Hermano. Em uma noite muito chuvosa, mais uma vez havia pifado a usina pioneira do Jaó e a cidade estava sem luz. Bernardo se encontrava no quarto e escutou uma conversa de Manduca com um conterrâneo seu, do Nordeste goiano. Os dois conversavam sobre uma grande cheia que afetara tempos antes o Rio Paranã.
Bernardo Élis então se inspirou, criando o conto, com a enchente no Corumbá — que tanto conhecia.
Um detalhe: quatro anos depois haveria de verdade uma gigantesca cheia no Rio Corumbá.
