Pesquisas qualificadas sugerem que o período medieval foi de grande desenvolvimento e possibilitou o Renascimento

Generalizou-se uma convicção — que não é verdadeira — de que o longo período da Idade Média foi marcado somente por atraso. Um grande intelectual que discorda disso, por exemplo, foi o escritor italiano Umberto Eco. Além de seus livros especializados, é autor do romance best-seller “O Nome da Rosa”, que foi levado ao cinema com Sean Connery e foi transformado em série protagonizada pelo ator John Turturro.

George Duby: historiador francês | Foto: Reprodução

Durante a Idade Média desenvolveram-se conhecimentos que resultariam em grandes avanços na Renascença, como, por exemplo, na ciência das navegações.

Nas artes plásticas foram se aperfeiçoando técnicas que resultariam no explosivo avanço renascentista e em obras suntuosas como de Michelangelo e Leonardo da Vinci. E assim por diante, em todas as áreas e ciências. No armazenamento dos conhecimentos, foram muito importantes os conventos eclesiásticos.

Jacques le Goff: historiador francês | Foto: Reprodução

Os historiadores-medievalistas Régine Pernoud, Georges Duby e Jacques le Goff, com seus livros rigorosos e exaustivos, contribuíram para mostrar a riqueza cultural, econômica e política de Idade Média. A rigor, os homens do período são os principais responsáveis pela preservação do legado cultural da Grécia e da Roma antigas. Ao mesmo tempo, foram responsáveis pelo Renascimento. A nova interpretação da Idade Média — como uma das Luzes e não das Trevas — resulta, no geral, das pesquisas dos historiadores franceses.