No Louvre, quatro brasileiras elogiavam a política cambial de Lula da Silva. Poderiam ter se lembrado de dois goianos

Leopoldo de Bulhões: ministro da Fazenda do governo de Rodrigues Alves | Foto: Reprodução

Há alguns anos, estava visitando o Museu do Louvre, em Paris, e, num corredor, escutei um grupo de quatro mulheres brasileiras conversando. Elas elogiavam demais o então presidente, Luiz Inácio Lula da Silva. Motivo: a situação cambial, que era excelente. O dólar estava cotado a apenas dois reais.

O mérito dessa proeza cambial, na verdade, era de um goiano, Henrique Meirelles, que dirigia o Banco Central.

Henrique Meirelles: ex-presidente do Banco Central e ministro da Fazenda | Foto: Reprodução

Nos primeiros tempos da República, outro goiano havia cometido proeza ainda maior. Foi Leopoldo de Bulhões, ministro da Fazenda e diretor do Banco do Brasil. Era respeitadíssimo pelo presidente Rodrigues Alves.

Na época, predominava mundialmente a moeda inglesa, a libra esterlina. Bulhões conseguiu colocar a taxa cambial ao par, como se diz, ou seja, a libra valia o mesmo valor da moeda brasileira.

Bulhões era advogado, formado pela Faculdade de Direito de São Paulo. Henrique Meirelles, de 75 anos, é formado em Engenharia Civil pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.