Morreram milhões de pessoas durante a Segunda Guerra Mundial e devido a doenças como a gripe espanhola e a Covid-19

Guerra do Paraguai

A pandemia do novo coronavírus — que incomoda e assusta todos os países — causa grande pânico com as mortes (quase 3 milhões em todo o mundo) que provoca, mas a letalidade de guerras e outros conflitos humanos é sempre muito maior do que no caso desse problema e semelhantes doenças, como foi o caso da gripe espanhola (que, aliás, pode não ter começado na Espanha).

A Segunda Guerra Mundial (1939-1945), por exemplo, causou cerca de 50 a 80 milhões de mortes (só judeus foram 6 milhões de mortos) e deixou terríveis sequelas, como foi o caso do lançamento de duas bombas atômicas no Japão.

Soldados paraguaios que participaram da guerra

Antes dessa guerra mundial, ocorreu a Guerra Civil Espanhola — entre 1936 e 1939 —, na qual morreram mais de 1 milhão de pessoas (entre elas o poeta Federico García Lorca, cuja obra completa foi traduzida, com extremo cuidado, pelo goiano William Agel de Melo) e fez com que muitos espanhóis fossem se refugiar em outros países.

O Brasil teve, durante o reinado de Dom Pedro II, uma dramática experiência bélica — a Guerra do Paraguai. Na verdade, uma guerra covarde, desencadeada em aliança pelo Brasil, a Argentina e o Uruguai, supostamente induzidos pela Inglaterra. (Para uma leitura matizada, vale consultar: “Maldita Guerra — Nova História da Guerra do Paraguai”, do doutor em História Francisco Doratioto. Publicado pela Editora Companhia das Letras, com 656 páginas, é considerado o melhor livro sobre a batalha. Inclusive relativiza a influência da Inglaterra na guerra.)

Na Guerra do Paraguai morreram cerca de 130 mil pessoas, incluindo meninos, pois o Paraguai os lançou no conflito quando seus soldados adultos haviam morrido todos. E, na verdade, o Brasil não teve lucro, além de ficar, no período ainda mais dependente da espécie de imperialismo então exercido pela Inglaterra.