Em meio a uma trégua frágil, o governo de Israel decidiu retomar os bombardeios na Faixa de Gaza nesta terça-feira, 28, após acusar o grupo Hamas de descumprir os termos do cessar-fogo. A ordem partiu diretamente do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que classificou a resposta militar como “imediata e poderosa”.

Segundo comunicado oficial do gabinete do premiê, a decisão foi tomada após uma reunião de segurança com autoridades militares e de inteligência. “O primeiro-ministro Netanyahu instruiu as Forças de Defesa de Israel a realizarem ataques imediatos e poderosos na Faixa de Gaza”, informou a nota.

A medida marca uma reviravolta nas negociações de paz mediadas por potências internacionais e ocorre apenas duas semanas após o início do cessar-fogo, que vinha sendo considerado um avanço diplomático na região.

O estopim para a retomada das hostilidades foi a devolução, por parte do Hamas, de restos mortais que, segundo Israel, não pertencem a nenhum dos 13 reféns israelenses ainda desaparecidos em Gaza. O gesto foi interpretado como uma afronta e uma “clara violação” do acordo de trégua.

Fontes militares israelenses afirmam que parte dos restos já havia sido recuperada anteriormente, o que gerou indignação entre familiares dos reféns e aumentou a pressão sobre o governo para agir com firmeza.

A decisão de Netanyahu ocorre em um momento de tensão crescente, com relatos de confrontos esporádicos entre tropas israelenses e militantes do Hamas em áreas como Rafah, no sul de Gaza. O ministro da Defesa, Israel Katz, também autorizou a suspensão de restrições de segurança em comunidades próximas à fronteira, sinalizando uma possível ampliação da ofensiva.

Até o momento, a comunidade internacional ainda não se pronunciou oficialmente sobre a retomada dos ataques. Observadores temem que a escalada possa comprometer os esforços de mediação liderados pelos Estados Unidos e agravar ainda mais a crise humanitária no território palestino.

A trégua entre Israel e Hamas havia sido firmada com o objetivo de facilitar a troca de reféns por prisioneiros e permitir o envio de ajuda humanitária à população civil.

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