“Quem plantou ódio nas redes sociais foram os petistas”
27 junho 2015 às 10h00
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Talmon Pinheiro Lima
Sobre o Editorial “A ‘prisão’ do jogador Neymar e a ‘morte’ do entertainer Jô Soares” (Jornal Opção 2085), conforme é sabido, quem plantou todo esse ódio disseminado nas redes sociais foram os petistas. Agora, como o jogo virou, qualquer figura pública que se simpatiza por Dilma Rousseff ou pelo partido saboreia o mesmo veneno criado e destilado pelos petistas.
Por outro lado, mesmo eu não gostando dela, Jô Soares tem todo o direito de admirá-la. Isso é da essência democrática e deve ser respeitado.
Quanto a Neymar, acho hilárias certas análises sobre futebol. Se jogou bem, tudo bem; se jogou mal, as teorias pipocam. Neymar, na mesma semana, passou pelas duas situações.
Contra o Peru foi decisivo e encantou. Não ouvi ou li ninguém comentar que ele estaria com problemas com o fisco e a Justiça espanhola. Foi só jogar mal e tudo mudou. Não custa lembrar que vários astros do futebol tiveram problemas fiscais e jurídicos decorrentes de suas contratações: Zico, Maradona, Beckham, Messi e outros, mas não se ouvia dizer que tais problemas afetavam o desempenho deles em campo. A meu ver, Neymar, ainda muito jovem, sofre tremendamente com a responsabilidade que lhe é imposta e às vezes sucumbe.
Logicamente, não vai jogar bem sempre. Foi o que deve ter acontecido no jogo contra a Colômbia, lembrando ainda que o estado de ânimo dele certamente foi afetado pela péssima lembrança do jogo da Copa contra a mesma Colômbia e que o alijou daquela competição.
Talmon Pinheiro Lima é advogado.
“Iris mantém e até amplia seu séquito”
Donizete Santos
No PMDB goiano Iris continua “hors concours”, maior que o próprio partido. O candidato a prefeito será ele ou aquele que ele “ungir” candidato. Podem chamá-lo de idoso, jurássico ou o que quiserem: dará seu último suspiro militando na política onde, com mandato ou sem mandato, mantém, prestigia e até amplia seus correligionários e seguidores. O encontro/congresso do PT, em Salvador, reafirmou a tendência de alianças com o PMDB para as eleições de 2016, o que cacifa a deputada estadual Adriana Accorsi, membro da corrente petista do prefeito Paulo Garcia, que, passadas as intempéries, já começa uma grande e positiva agenda de realizações. Portanto, não me surpreenderia uma chapa PT–PMDB ou PMDB–PT já no primeiro turno.
“Lamento não haver discussão de questões realmente sérias”
Wilson Carlos Basilio
A heterogeneidade cultural da nossa população obviamente manifesta-se nos comentários das redes sociais. Só lamento não haver maior unidade nas questões realmente sérias em nosso País — ao invés das discussões predominantes, como religião, crenças, opções sexuais e até, pasmem, tatuagens. Analogicamente, isso seria como preocupar-se, exclusivamente, com a unha encravada de um paciente com prognóstico ruim.
Wilson Carlos Basilio é veterinário.
“Malafaias e Sheherazades estão espalhados por aí”
Roberson Guimarães
Isso daí tem a ver com os Bolsonaros, Malafaias, Sheherazades e Majores Araújos que andam espalhados por aí. Reforçados pelos idiotas que abundam nas redes sociais. Como bem disse Umberto Eco: “O drama da Internet é que ela promoveu o idiota da aldeia a detentor da verdade.”
Roberson Guimarães é médico mastologista.
“A educação que ressalta anacronismos é mais aceitável”
Elcival Machado
Vivemos em uma sociedade ultraconservadora, sem noção da realidade, onde a maioria expressa suas opiniões com base nos mesmos preconceitos de origem religiosa (principalmente). Muitos não conseguem ter uma visão holística da situação e se perdem na pequenez de seus microcosmos ideológicos tradicionais. Quem está disposto a defender uma educação infantil estribada no respeito às diferenças ? Educação que ressalta e perpetua anacronismos é mais aceitável pelo senso comum.
Elcival Machado é sociólogo.