“A ingênua Dilma prefere agradar quem não quer ser agradado”
10 outubro 2015 às 13h38
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Marcelo Augusto Parrillo Rizzo
Como lutar contra grupos que preferem quebrar o País a ter o PT por mais quatro anos no poder? Antes de qualquer coisa, para que não seja acusado de distorcer a realidade, deve-se reconhecer os erros da presidente Dilma Rousseff. Não, não são os erros divulgados massivamente pela oposição e pelos setores conservadores da imprensa. O governo Dilma não destruiu o País para se reeleger, e isso fica claro ao comparar os dados da gestão Dilma com outras gestões como Lula e FHC.
Pode-se traçar o início da ofensiva ao governo Dilma tendo como marco a hostilidade ao ex-ministro da Fazenda Guido Mantega e ao pensamento considerado heterodoxo pela oposição. Heterodoxia esta que ganhou alguns prêmios Nobel de Economia pelas mãos de Krugman [Paul Krugman, economista norte-americano, vencedor do Nobel de Economia de 2008, autor de diversos livros e colunista do “The New York Times”] e Stiglitz [Joseph Eugene Stiglitz, economista norte-americano, presidente do Conselho de Assessores Econômicos no governo de Bill Clinton, ganhador do Nobel em 2001], mas que, nos “think tanks” [instituições que atuam em certo campo de interesse, difundindo conhecimento sobre assuntos estratégicos] tucanos e nas opiniões de jornalistas de economia, se torna algo próximo a defender que a Terra é quadrada.
O erro de Dilma foi e é maior: começou durante a campanha eleitoral, quando sucumbiu a pressão e anunciou a troca de ministros da Fazenda. Aqui, não discutirei os méritos de Mantega ou Joaquim Levy [atual ministro da Fazenda], mas a burrice em não entender que o “mercado” e os seus pastores farejaram o medo e viram que podiam muito mais — e que não há coração valente que suporte a pressão.
Política econômica é gestão de expectativas e a partir do momento que o governo concordou com as premissas que tão mal fizeram ao nosso País, ele perdeu o jogo. Como Dilma pode fazer uma virada keynesiana, como pedem muitos comentaristas bem-intencionados? Em 1931, Keynes [John Maynard Keynes, economista] proferiu na rádio BBC um discurso em que exortava as donas de casa a gastarem suas economias e evitassem o “paradoxo da poupança”. O famoso economista entendia a necessidade de estimular o espírito animal.
Em 2015, vivemos a situação paradoxal em que a imprensa e oposição monetarista se utiliza de Keynes para derrotá-lo. É necessário para eles, entocar a dona de casa e fazê-la sentar-se em cima das economias. Entre divulgar que a inflação está diminuindo ou compará-la à inflação de anos atrás, a imprensa prefere a segunda opção. E Dilma, em uma ingenuidade que parece absurda, prefere se curvar e tenta agradar quem não quer ser agradado. Ajuste fiscal? Pouco demais. Liberar os preços da gasolina e energia? Encareceu o custo de vida. CPMF? A população não aguenta mais impostos. Os mesmos que criticam as tentativas do governo torcem para que a pauta-bomba seja aprovada no Congresso.
Pior: alguns dos que criticam foram fomentadores da pauta-bomba. Como os economistas neoclássicos defendem há décadas, não há nada paradoxal nessa situação, pois políticos sempre defenderão a política econômica que lhes garantam mais votos e, por isso, sempre defenderam a autonomia da gestão econômica dos agentes políticos. O que parece que não previram foi que a performance da economia não depende apenas dos políticos no poder. A imprensa e a oposição já perceberam. Dilma perdeu porque ajudá-la não dá votos para ninguém e, mesmo que suas propostas estejam baseadas no pensamento ortodoxo defendido pelos setores que querem tirá-la, estes setores não aceitarão. Eles querem somente o poder, como seus próprios gurus no pensamento econômico já previam.
Marcelo Augusto Parrillo Rizzo é servidor público federal e doutorando em História pela Universidade Federal de Goiás (UFG).
“Machismo troglodita continua arraigado”
Divino Ribeiro Magalhães
A nota “Apresentador chama Andressa Urach de ‘sem vergonha’ ao vivo e causa revolta na web” (Jornal Opção Online) mostrou, mais uma vez, que Andressa Urach precisou conviver com o machismo troglodita, que continua arraigado na Pátria do falso moralismo e da hipocrisia. Hélio Costa é um desses que pretendem a fama a qualquer custo, mesmo seja necessário desgraçar a dignidade alheia. O corpo e o existir de uma pessoa não são propriedades de outra, mesmo que essa outra se ache pura e santificada.
E-mail: [email protected]
“Andressa Urach foi humilhada em público”
José Mariano
Ninguém tem nada a ver com a vida pessoal de Andressa Urach. O que ela fez ou deixou de fazer não cabe a ninguém julgar, ela foi humilhada em público e teria de meter um processo nesse camarada, a vida é dela, o corpo é dela. Ela faz o que bem entender e ninguém tem nada a ver com isso, devemos no mínimo respeitar as decisões das pessoas. Que jogue a primeira pedra quem nunca cometeu um pecado, como as sábias palavras ditas por um Homem muito sábio.
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“Ressuscitaram a política do café com leite”
Fábio Coimbra
O artigo “Programa contra Dilma e o PT prova que PSDB é um partido de São Paulo, não do Brasil” (Jornal Opção Online) é mesmo oportuno, pois mostra que o PSDB não prioriza os políticos de todo o país, discriminando-os, e privilegiam os de São Paulo. Será que as outras regiões não tinham um senador para criticar o PT? O governador tucano de Mato Grosso, Pedro Taques, é um crítico ferrenho do governo da presidente Dilma Rousseff. A política do café com leite foi mesmo ressuscitada.
E-mail: [email protected]
“É preciso ir além da linguística padrão para melhorar o ensino”
Luana Alves Luterman
Enquanto as escolas insistirem em fragmentar o ensino de língua portuguesa, por exemplo, e reforçar, nas aulas de gramática, apenas a modalidade linguística padrão, sem investimento em estudos de gêneros textuais e letramento, o quadro não vai mudar. [“Educação brasileira não melhorará enquanto as crianças tiverem dificuldade em ler, escrever e fazer contas”, Jornal Opção 2099].
Luana Alves Luterman é professora e doutoranda em Linguística (UFG).
“PSDB deveria fazer seu mea-culpa”
Marco Antônio da Silva
Não chegamos a merecer o tratamento dispensado aos “coxinhas” de Piratininga. O ideal seria que o PSDB desse exemplo a Dilma fazendo um “mea culpa” de suas falhas, como a aprovação da reeleição e de sua absoluta incapacidade de ser oposição ao PT e a qualquer esquerdismo. [“Programa contra Dilma e o PT prova que PSDB é um partido de São Paulo, não do Brasil”, Jornal Opção Online]
Marco Antônio da Silva Lemos é desembargador do Distrito Federal e Territórios.
“Segue-se um escândalo pior do que outro”
Lita Carneiro
Em resposta à carta do sr. José Carlos da Silva, intitulada “Kajuru candidato a vereador pode não ser o sucesso que esperam” (Jornal Opção 2099), digo que não conheço o sr. Jorge Kajuru. Mas ele consegue despertar a população da apatia em que vive mergulhada. O Brasil é ridicularizado lá fora porque nossas autoridades e políticos não se cansam de praticar “malfeitos” e não reagimos. Quando a mídia deixa de divulgar os fatos, esquecemos tudo. E assim se segue um escândalo pior do que outro.
Lita Carneiro é aposentada.
E-mail: [email protected]