A vitória sempre será da Justiça Eleitoral
16 agosto 2022 às 16h30
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Patrícia Carrijo especial para o Jornal Opção
As convenções partidárias que oficializaram as candidaturas deram início ao período de campanha oficial que, a partir do dia 16 de agosto, estará na internet, nas ruas e, posteriormente, no rádio e TV. Uma das grandes preocupações que sempre afloram — sobretudo nesta eleição ainda mais polarizada que a de 2018 — é quanto à manutenção do controle, pela Justiça Eleitoral, de um processo que seja realizado com segurança e sem contratempos que possam manchar os resultados conferidos nas urnas, que são a manifestação concreta do desejo soberano do povo.
Nos anos eleitorais, as atenções populares sempre se voltaram mais para a atuação dos membros da Justiça Eleitoral, seja por curiosidade quanto às regras do pleito ou para se proferir ataques à lisura do processo. Ou, e ainda mais grave, para tentar desacreditar o trabalho correto e ilibado dos magistrados que respondem pela área eleitoral.
Neste 2022, além dos contumazes é nítido o aumento dos ataques à forma como é realizada a votação em nosso país: pela urna eletrônica. Um método tecnológico e seguro utilizado há mais de 26 anos, sem que tenha sido constatado qualquer tipo de fraude. Portanto, todo ataque contra esse sistema é tendencioso.
Como membro da Justiça Eleitoral, no papel de juíza eleitoral, posso garantir que teremos novamente um processo eleitoral livre, transparente e justo. Nossa Justiça Eleitoral está pronta para realizar estas eleições, como sempre esteve.
No entanto, cabe a todos nós banir e repudiar qualquer ataque desferido contra, visto que, como nos mostra a História, as implantações de estados totalitários tiveram início com ataques primeiramente contra o Judiciário, à imprensa e à liberdade de expressão da população.
É necessário garantir o Estado Democrático de Direito, e o Judiciário tem a liberdade e está preparado para julgar e punir qualquer ataque. Esse poder acredita na capacidade e imparcialidade dos juízes eleitorais, e de todos os demais trabalhadores da Justiça Eleitoral.
E não estamos sós. O manifesto a favor da democracia, que combate os ataques ao Estado Democrático de Direito, e à harmonia entre os poderes, caminha para 1 milhão de assinaturas, e recebeu adesão de entidades representativas de setores empresariais e da sociedade civil, como a Fiesp, CUT, Força Sindical, UGT, Febraban, Academia Brasileira de Ciências e a UNE, além de universidades federais.
A Justiça Eleitoral continuará cumprindo com o ofício de garantir que o resultado auferido nas urnas seja tão somente a vontade expressada pelo povo brasileiro.
Patrícia Carrijo é juíza e presidente da Associação dos Magistrados do Estado de Goiás (Asmego)