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Na campanha de 2014, em certo momento, com a candidata Marina Silva subindo nas pesquisas, o staff de campanha da petista Dilma Rousseff (comandado por João Santana, o marqueteiro corrupto que agora está na prisão e delatando as ilegalidades para eleger os governos petistas) veiculou na propaganda eleitoral mensagem da importância do apoio dos políticos para garantir um governo estável.

Num dos debates, Dilma faz a pergunta a Marina sobre como ela, Marina, conseguiria governar, caso fosse eleita, sem apoio no Congresso. Dilma mesmo respondia no programete: “Candidata, sem apoio no Congresso não é possível assegurar um governo estável, sem crises institucionais.”

Entra um ator: “A verdade é que Dilma reúne tudo o que um governante precisa; tem conhecimento dos problemas, sabe como construir s soluções e tem força política para realizar seus projetos, porque numa democracia ninguém governa sem partidos, ninguém governa sozinho”.

Entra voz em off: “A base de apoio de Marina Silva tem hoje 33 deputados. Sabe de quantos ela precisaria para aprovar um simples projeto de lei? No mínimo 129. E uma emenda constitucional? 308. Como é que você acha que ela vai conseguir esse apoio sem fazer acordos? E será que ela quer? Será que ela tem jeito para negociar?”“Duas vezes na nossa história o Brasil elegeu salvadores da pátria (fotos de Jânio Quadros e de Fernando Collor de Mello), chefes do partido do eu sozinho. E a gente sabe como isso acabou (manchete de jornal com a palavra impeachment). Sonhar é bom, mas eleição é hora de botar o pé no chão e voltar à realidade.”

O filmete é preciso: sem apoio no Congresso (ou seja, dos políticos), realmente não dá para governar. A ironia é que Dilma foi reeleita e não soube negociar com o Congresso, sofrendo impeachment tal como Collor de Mello. l