Alexandre Baldy, Henrique Meirelles, Ronaldo Caiado, Marconi Perillo, Raquel Dodge, Laurita Vaz, Delaide Arantes, Ludhmila Hajjar, entre outros, são valores de “casa” com destaque no País

Ministro das Cidades, Alexandre Baldy: ascensão no 1º mandato

Nos mais variados campos de atuação, há goianos que fazem trabalho meritório e de destaque em outros Estados e mesmo fora do País. No momento, na política, no Judiciário e na medicina há nomes goianos proeminentes no cenário nacional e neste texto destaco oito dessas personalidades.

Às vezes é necessário fazer esse tipo de constatação diante de uma imprensa do chamado eixo Rio-São Paulo que normalmente não reconhece ou desvaloriza quem não é oriundo desses Estados. É um vício determinado pela força econômica.

Na política, o governador de Goiás, Marconi Ferreira Perillo Júnior, do PSDB, tornou-se uma referência incontestável. Sempre procurado pela imprensa nacional (por sinal, nesta segunda-feira, 27, ele tem entrevistas agendadas em pelo menos quatro veículos de comunicação na cidade de São Paulo), Marconi é constantemente procurado por colegas governadores por conta de programas e ações que implementa em Goiás.

Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles: recuperando a economia

Em seu quarto mandato como governador, Marconi Perillo já foi deputado estadual, deputado federal e senador, e mesmo sendo jovem tem sólida experiência política e administrativa.

Outro político goiano destacado é o anapolino Henrique de Cam­pos Meirelles, dono de uma carreira internacional de sucesso na área financeira no Estados Unidos. Ministro da Fazenda do governo Michel Temer, Meirelles é o condutor da política que está, aos poucos, tirando o país do desastre econômico causador de recessão e desemprego, provocado pela petista Dilma Rousseff e seu ministro Guido Mantega.

E convém lembrar que foi Meirelles o primeiro homem forte dos governos de Lula da Silva, quando, na condição de presidente do Banco Central, determinou a política econômica da gestão do petista, com senso prático e realista, sem desvarios políticos e econômicos que fatalmente deixaram o Brasil em descrédito internacional.

Ronaldo Caiado: senador democrata é destaque goiano no Congresso

O goianiense Alexandre Baldy de Sant’Anna Braga, deputado federal em primeiro mandato, assumiu uma das pastas mais im­portantes no organograma do go­verno federal, o Ministério das Ci­da­des. A sua posse, na semana passada, foi talvez a mais concorrida, o que mostra força política. No Ministério das Cidades Baldy comandará programas como o Minha Casa Minha Vida, uma das principais vitrines do governo federal.

O senador Ronaldo Ramos Caiado, do DEM, também se destaca em nível nacional. Nascido em Anápolis, é médico com especialização em cirurgia da coluna na França e empresário rural. Exerce declarada liderança no agronegócio e tem atuação destacado no Congresso, sendo um dos políticos mais requisitados pela imprensa nacional. Deputado federal por vários mandatos, ele concorreu à Presidência da República em 1989. Na semana passada, a entidade Ranking dos Políticos elegeu Caiado como o melhor congressita de Goiás e o quinto do Brasil.

Governador de Goiás, Marconi Perillo: referência como gestor

Goiana da cidade de Morrinhos, a jurista Raquel Elias Ferreira Do­dge é a atual procuradora-geral da Re­­pú­blica do Brasil. Bacharel em direito pela Universidade de Brasília (UnB) e mestre em direito pela Univer­si­dade de Harvard, Raquel Dodge é a primeira mulher a assumir o comando do Ministério Público Federal.

Raquel assumiu o cargo em se­tem­bro passado, e sua escolha por parte do presidente Michel Temer sus­citou dúvidas em relação ao futuro da operação Lava Jato, que está colocando corruptos de colarinho branco na cadeia. Mas logo ela deixou claro que sua atuação é isenta e alinhada com a Justiça e os preceitos constitucionais.

A goiana atua com destemor mesmo em relação a temas difíceis. Há poucos dias, por exemplo, a procuradora-geral da República enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) parecer a favor da decisão da Corte que validou a prisão de condenados pela segunda instância da Justiça.

Ministra do TST Delaíde Arantes: tocante história de superação

Outra mulher goiana que igualmente quebrou paradigmas é Laurita Hilário Vaz. Primeira mulher a comandar o Superior Tribunal de Justiça (STJ), a segunda maior instância do Poder Judiciário brasileiro, a ministra Laurita Vaz tem 16 anos de tribunal. Assumiu a presidência da corte em junho de 2016.

Nascida em Anicuns, Laurita Vaz, de 68 anos, é especializada em Direito Penal. No STJ, tomou posse em 2001, nomeada pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso.

Delaíde Alves Miranda Aran­tes tem uma história de superação. Mi­nistra do Tribunal Superior do Trabalho (TST) desde 1º de março de 2011, ela é de uma família de agricultores da zona rural do município de Pontalina. Teve uma infância humilde ao lado dos oito irmãos. Saiu de casa aos 14 anos para a cidade, para concluir o ensino fundamental. Trabalhou como empregada doméstica.

Ministra Laurita Vaz: goiana é a primeira mulher a presidir o STJ

Fez o curso de Direito em faculdade particular com bolsa do governo, o Crédito Educativo. Atuou 30 anos advogando, de 1980 a 2010, e em 2011, foi indicada em lista sêxtupla pela Ordem dos Advogados do Brasil para ocupar uma vaga de ministro do TST. Seu nome foi votado em lista tríplice pelos membros do tribunal e, por fim, escolhido pela então presidente Dilma Rousseff.

A médica Ludhmila Abrahão Hajjar, nascida em Anápolis, é doutora em Medicina pela Universidade de São Paulo (USP) e trabalha no Hospital Sírio-Libanês de São Paulo. É considerada o braço direito do cardiologista Roberto Kalil, o médico de presidentes da República e do mais alto PIB empresarial do País.

Ludhmila Hajjar: anapolina é proeminência na medicina nacional

Workaholic assumida, Ludhmila é di­retora clínica do Instituto do Coração (Incor), em São Paulo, chefe da UTI cirúrgica e coordenadora da pós-graduação da Faculdade de Me­dicina da Universidade de São Paulo (FM-USP), que administra o hospital. Chefia também a UTI do Hospital Sí­rio-Libanês, além da UTI do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp). Como se não bastasse, a anapolina vai assumir a diretoria da UTI de Cardiologia do Sírio-Libanês de Bra­sília, a mais nova unidade do hospital.

Aos 40 anos, Ludhmila Hajjar é uma das mais proeminentes médicas brasileiras. Sua tese de doutorado mu­dou o protocolo de transfusão sanguínea em cirurgias cardíacas e foi publicada no “Journal of American Medical Association” (Jama), uma das principais publicações científicas do mundo.