Sabe qual foi um dos maiores gênios da arte na Itália? A Igreja Católica rendeu-se ao seu talento

06 março 2023 às 10h37

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Em 1975, Paulo VI era o papa e recordou os quinhentos anos de nascimento de Michelangelo, um dos gênios do Renascimento: “Agora bastaremos que reconheçamos a incomparável grandeza deste Artista, e lembrarmos que em seu sentimento ele era profundamente religioso e católico. A prova de sua fé também é o testamento que ele fez, em palavras curtas, pouco antes de sua morte. Ele disse com uma voz fraca, mas firme ‘que deixou sua alma nas mãos de Deus, seu corpo para a terra e as coisas para seus parentes mais próximos, impondo aos seus seguidores que na passagem desta vida eles o lembravam dos sofrimentos de Jesus’. Parece ouvir nestas palavras ecos distantes de Savonarola. Vamos dar admiração e honra ao Grande, rezemos novamente por sua paz e glória, em coerência com a herança da fé e da beleza que ninguém nos deixou, no reino da arte, mais digno e mais religioso”.

Michelangelo di Lodovico Buonarroti Simoni nasceu em 6 de março de 1475 (viveu 88 anos), na cidade italiana de Caprese. Por tudo o que ele fez para a Arte, pelo seu nome estar inscrito na História, ele merecia uma grande homenagem no ano que comemoraria os 500 anos de nascimento.
Porém, o “Estadão” daquela época dizia que a Itália não iria fazer grandes festejos para reverenciar seu grande filho. “O que mais preocupa a Itália não são as comemorações, mas a falta de proteção em que se encontram suas obras primas.” Pois é. Não é apenas o Brasil que tem esses lapsos de memória. A Itália também.

Michelangelo foi escultor, pintor e arquiteto. Ele esteve muito ligado à religiosidade cristã ao fazer a bela escultura de Moisés ou pintar o belo teto da Capela Sistina. O papa Júlio II era seu admirador o chamou para trabalhar em Roma. Michelangelo morreu em Roma no dia 18 de fevereiro de 1564. Seus restos mortais estão depositados na Basílica da Santa Cruz em Florença.