Rodrigues Alves, 1º presidente reeleito da República, criou o Butantã e vacinou o povo

07 julho 2023 às 09h17

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Rodrigues Alves governou o Brasil de 1902 a 1906, ou seja, dentro do período da República Velha. Ele faz parte da galeria dos ex-presidentes que tinham barba, bigode ou cavanhaque. Rodrigues Alves se enquadra no último. Felizes eram os barbeiros do Catete que cuidavam das barbas presidenciais.
O Brasil do começo do século XX precisava se atualizar, ou melhor dizendo, se modernizar. Rodrigues Alves decidiu virar a folhinha do calendário do século focando no Rio de Janeiro. Para ele, a capital federal merecia um cuidado especial. Era por ali que desembarcavam os estrangeiros e seu dinheiro.
O Rio precisava de mudanças inspiradas em Paris. Ah, a Belle Époque. Não fazia sentido Rodrigues Alves ter um cavanhaque alinhado se a sede do governo estava alvoroçada. Ele convocou o prefeito Pereira Passos para remodelar o Rio: abrir novas avenidas, demolir casarões antigos. Tornar mais bela a já tão bela Baía da Guanabara.

Outra medida importante do governo Rodrigues Alves foi erradicar as doenças tropicais. Para isso, era preciso limpar as ruas cariocas evitando o contágio. Alves convocou também Osvaldo Cruz para cuidar da saúde pública. Especializado na França, o médico decidiu vacinar todos os cariocas. Porém, a vacinação obrigatória causou revolta. Mas, aos poucos, o Rio de Janeiro foi se adaptando aos novos tempos.
Rodrigues Alves foi eleito novamente para a Presidência, mas não foi empossado porque morreu vítima da gripe espanhola, em 1918. Recordamos dele hoje por causa do seu nascimento, em 7 de julho de 1848. Um político do Império que se destacou também na República. Um cavanhaque bem tratado é apreciado em qualquer governo.