Revolução Francesa devorou a cabeça dos nobres e até dos jacobinos

23 janeiro 2023 às 10h11

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A Revolução é como Saturno: devora seus próprios filhos. Georg Büchner
A Revolução Francesa de 1789 inaugurou a Idade Contemporânea. Ao mesmo tempo que dizia “liberdade, igualdade e fraternidade”, a guilhotina estava afiada para cortar a cabeça dos inimigos da revolução (por sinal, alguns dos inimigos, como Danton, antes eram amigos). Frise-se que, em seguida, rolou também a cabeça de Robespierre, o Incorruptível (mas “morrível”, diria o ex-ministro Antônio Magri).
Paris estava agitada em 21 de janeiro de 1793. A Praça da Concórdia estava repleta de gente para ver a execução do rei Luís XVI. O rei deposto foi decapitado. Uma multidão correu para colher uma amostra do sangue real.
A Revolução dos jacobinos continuou tocando o terror. Sob a liderança de Robespierre, a guilhotina continuou cortando cabeças até de pessoas que apoiaram o movimento de 1789. O sangue real se misturou com o sangue quente revolucionário.
Dica de leitura
“Cidadãos — Uma Crônica da Revolução Francesa” (Companhia das Letras, 728 páginas, tradução de Hildegard Feist), de Simon Schama.