A Revolução é como Saturno: devora seus próprios filhos. Georg Büchner

A Revolução Francesa de 1789 inaugurou a Idade Contemporânea. Ao mesmo tempo que dizia “liberdade, igualdade e fraternidade”, a guilhotina estava afiada para cortar a cabeça dos inimigos da revolução (por sinal, alguns dos inimigos, como Danton, antes eram amigos). Frise-se que, em seguida, rolou também a cabeça de Robespierre, o Incorruptível (mas “morrível”, diria o ex-ministro Antônio Magri).

Paris estava agitada em 21 de janeiro de 1793. A Praça da Concórdia estava repleta de gente para ver a execução do rei Luís XVI. O rei deposto foi decapitado. Uma multidão correu para colher uma amostra do sangue real.

A Revolução dos jacobinos continuou tocando o terror. Sob a liderança de Robespierre, a guilhotina continuou cortando cabeças até de pessoas que apoiaram o movimento de 1789. O sangue real se misturou com o sangue quente revolucionário.

Dica de leitura

“Cidadãos — Uma Crônica da Revolução Francesa” (Companhia das Letras, 728 páginas, tradução de Hildegard Feist), de Simon Schama.