O que era para ser o reinício, se tornou o fim de uma lenda da música

O que era para ser o recomeço se tornou o fim. No dia 17 de novembro de 1980, John Lennon apresentava para o mundo o seu mais novo disco: “Double Fantasy”. Depois da pausa de cinco anos para cuidar do filho recém nascido Sean, Lennon estava de volta com um disco novo. Mas, o “Double Fantasy” ficou marcado muito mais pela m0rte do ex-beatle do que pelo seu recomeço. Aliás, a música de abertura é justamente “Just Like (Starting Over)”, começar de novo.

Em 1997, eu comprei uma coletânea de músicas dele chamada “John Lennon Collection”. Seis músicas dessa coletânea estavam em “Double Fantasy”: “Watching the wheels”, “Just like starting over”, “I’m losing you”, “Dear Yoko”, “Beautiful boy” e “Woman”. No encarte do CD tinha as letras das músicas e o álbum de origem. Eu queria comprar o “Double Fantasy”, mas não encontrava nas lojas de discos de Goiânia. Hoje, quase 30 anos depois do meu primeiro contato com as músicas de Lennon, é bem mais fácil o acesso a sua discografia.

No fatídico 8 de dezembro de 1980, um rapaz estava na porta do Edifício Dakota, em Nova York, esperando John Lennon sair para pedir um autógrafo no disco “Double Fantasy”. O ex-beatle parou, autografou o álbum e uma pessoa que passava por ali fez um registro fotográfico. Ninguém imaginava que aquele rapaz, aparentemente mais um fã, estava armado e, dali poucas horas, atiraria naquele ídolo mundial.

Não tem como ouvir “Double Fantasy” e não lembrar da m0rte de John Lennon. Era para ser o seu retorno a cena musical, o reinício da carreira solo. Infelizmente, o que era para ser um recomeço se tornou o fim de uma das maiores lendas da nossa música.

Leia também: O fim das turnês abriu um novo horizonte