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Um pouco antes do final da Segunda Guerra Mundial, Estados Unidos e União Soviética já se olhavam com desconfiança. Sem a Europa como mandante no mundo, quem iria se tornar a grande líder? As duas superpotências tiveram participação definitiva na derrota do nazifascismo, mas depois da guerra a conversa era outra. Começava a Guerra Fria. Norte americanos e soviéticos disputando o domínio sobre o mundo. Eles tinham bombas atômicas prontas para serem detonadas a qualquer momento.

Um pouco depois da Segunda Guerra Mundial, a Alemanha foi recortada e suas partes dominadas pelos aliados. Durante décadas o território alemão permaneceu dividido. O perigo não era o inimigo que vinha de fora, mas quem estava do outro lado da cerca. Era preciso conviver com os lados Ocidental e Oriental. O que fosse Ocidente era dos Estados Unidos e o que fosse Oriente, União Soviética. A cortina de ferro estava de pé.

Berlim também foi dividida em lados Ocidental e Oriental. A União Soviética queria manter seu domínio em Berlim Oriental e, para isso, o comandante Joseph Stalin ordenou em 24 de junho de 1948 o fechamento da cidade dominada pelos soviéticos. As entradas rodoviárias e hidroviárias foram bloqueadas. Se por terra os ocidentais não acessavam Berlim Oriental, o jeito era usar aviões para manter aquela parte da cidade conectada com o lado ocidental. Cada vez mais o povo alemão estava dividido.

O pós guerra foi marcado pela divisão do mundo em zonas de influência dos Estados Unidos e da União Soviética. O bloqueio de 1948 foi o pontapé inicial para a construção do muro que marcaria para sempre a cidade de Berlim.