O dia que o poeta Manuel Bandeira entrou no Céu sem pedir licença

14 outubro 2023 às 15h38

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“Bandeira ficará na história literária como uma das culminâncias da poesia brasileira em todos os tempos. Se existe um céu e nele há lugar para os verdadeiros poetas, São Pedro já lhe deve ter dito, parodiando o seu célebre poema sobre ‘Irene preta, Irene boa, Irene sempre de bom humor’: ‘Entra, Manuel, você não precisa pedir licença’.”
Raymundo Magalhães Júnior escreveu uma homenagem para Manuel Bandeira na edição 862 da revista “Manchete”. O poeta morreu em 13 de outubro de 1968, aos 82 anos, nos brindando com suas letras e driblando a tuberculose que, desde a infância, rondava sua vida. A primeira edição do “Bom dia, São Paulo”, da Rede Globo, foi ao ar em 19 de abril de 1977, dia do nascimento de Bandeira, e recordou os versos que o poeta dedicou à Irene. Ah, quem dera eu também possa ouvir São Pedro dizer a mesma coisa para mim: “Entra, Carlos, você não precisa pedir licença”.
Joaquim Pedro de Andrade fez um curta metragem intitulado “O poeta do Castelo” mostrando um pouco da rotina de Manuel Bandeira. Uma vida simples, uma pessoa que faz seu café, vai até a vendinha da esquina comprar o leite, telefona para um amigo e sai para caminhar pelas ruas do Rio de Janeiro. O poeta é humano que nem a gente, a diferença está no olhar para o mundo que se vive, é ver o que ninguém consegue ver, é almejar a tão sonhada Pasárgada.
Desde 13 de outubro de 1968, Manuel Bandeira é amigo do rei e se deita com a mulher que escolheu.
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