Luta de José do Patrocínio pela abolição da escravidão no Brasil

29 janeiro 2024 às 18h00

COMPARTILHAR
Na edição seguinte ao Dia da Abolição da Escravidão no Brasil, em 13 de maio de 1888, quando a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea, o jornal “Gazeta de Notícias” não se esqueceu do seu ilustre colaborador que escreveu tantos artigos defendendo a causa tão festejada naquele dia.
José do Patrocínio, homem negro, foi jornalista e participou do movimento abolicionista integrando a Associação Central Emancipadora, instituição que reunia jornalistas e oradores que lutavam pelo fim da escravidão.
Patrocínio criou a Guarda Negra da Redentora, formada por negros e ex-escravos, que defendia a monarquia e combatia o movimento republicano. Essa guarda exaltava a Princesa Isabel devido à sua assinatura na Lei Áurea.
Logo após a Proclamação da República, José do Patrocínio se opôs ao governo do marechal Floriano Peixoto e, em 1892, apoiou a Revolta da Armada. Ele foi preso e deportado para o Amazonas.
Retornando ao Rio de Janeiro, Patrocínio dedicou -se ao estudo sobre aviação. Em uma homenagem à Santos Dumont, ele passou mal enquanto fazia seu discurso. José do Patrocínio morreu vítima de tuberculose em 29 de janeiro de 1905. Ele só tinha 51 anos.