Da vitória contra o nazismo à Ordem do Jagunço: os trunfos de Winston Churchill

30 novembro 2023 às 10h18

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O “Estadão” publicou uma propaganda de seguros recordando o centenário de nascimento de Winston Leonard Spencer-Churchill. Ele nasceu em 30 de novembro de 1874 e foi um dos gigantes do século XX. Em 2002, a BBC o elegeu como o maior britânico de todos os tempos. Enquanto a Liga das Nações fazia vista grossa para a expansão da Alemanha nazista, ele disse: “Entre a desonra e a guerra, vocês escolheram a desonra e terão a guerra”. Em setembro de 1939, lá estava Adolf Hitler enviando tropas para a Polônia e afundando o mundo em mais uma guerra.

Antes de se tornar primeiro-ministro britânico, Churchill foi oficial do Exército, historiador e escritor (ganhou o Nobel de Literatura). Quando o nazismo alemão se mostrava uma ameaça, ele pediu para que o Parlamento britânico investisse em armas para reagir a essa ameaça. Mas ninguém lhe deu ouvidos. Deixaram Hitler gostar do jogo.
Em 1940, Churchill se tornou primeiro-ministro (aí Hitler começou a perder a guerra). Naquele ano, o avanço nazifascista pela Europa era avassalador. A França tinha se rendido à Alemanha e a Inglaterra era bombardeada por aviões nazistas. O primeiro-ministro se aproximou do norte-americano Franklin D. Roosevelt e a todo custo o chamava para participar na guerra (o Congresso e a opinião pública americanos não permitiam). Somente no final de 1941, logo após o ataque japonês à base de Pearl Harbor é que os Estados Unidos entraram na guerra.
Churchill era um exímio orador e seu discurso foi transmitido pelo rádio para que os britânicos se unissem em torno dele naqueles momentos difíceis de ataques aéreos. “Nós nunca nos renderemos”, ele vociferava. E jamais se rendeu. Em 1945, o Eixo foi derrotado e o dia 8 de maio, data da rendição alemã, se tornou o Dia da Vitória por sugestão de Churchill.

Apesar da vitória, os conservadores perderam as eleições de 1946 e Churchill deixou o poder. Ele voltaria ao cargo em 1951, com 76 anos, mas a sua saúde debilitada o fez renunciar em 1955. Neste segundo mandato, Churchill alertou o mundo para o perigo do totalitarismo da União Soviética e da guerra nuclear.
Entre os vários prêmios que recebeu em vida, a “Ordem do Jagunço”, honraria concedida por Assis Chateaubriand, foi a melhor de todas. Ao menos o mais divertido. Churchill adorou ter faturado o Prêmio Nobel de Literatura — ele que era escritor e historiador.