Antes de ser fã dos Beatles, eu era fã do John Lennon

09 outubro 2024 às 09h36

COMPARTILHAR
Antes de ser fã dos Beatles, eu já era fã do John Lennon. Em 1997, o Multish ow passou o filme “Imagine”, que mostrava os bastidores das gravações do disco mais famoso dele. Vi e virei fã. Na primeira oportunidade que eu tive de ir ao Bazar Paulistinha, comprei um CD com as melhores músicas do John. A partir daí, tudo o que passava sobre ele na televisão, eu parava o que estava fazendo para assistir.
E quando chegava o 9 de outubro, eu zapeava os canais de televisão para ver quem se lembraria do aniversário do John Lennon. A MTV e o Multishow sempre lembravam. A Globo, no Bom Dia Brasil, falava das homenagens dos fãs pelo mundo. A Record também trazia alguma coisa. Eu ficava vidrado em cada matéria e queria conhecer mais sobre ele. Para ser fã dos Beatles foi um pulo.
John Lennon era o beatle rebelde. Apesar do terno que Brian Epstein colocou nos Beatles para enquadrá-los como bons moços, Lennon achava um jeito de sair daquela fôrma. Em 1963, os Beatles fizeram um show para a família real britânica. Antes de cantar “Twist and Shout” ele disse: “Quem está na parte mais barata, bata palmas. O resto, sacudam as joias”.
Em 1966, Lennon conheceu uma artista japonesa chamada Yoko Ono em uma exposição que ela fez em Londres. Foi amor a primeira vista. Dali em diante, os dois só se separariam em 1980, quando John foi assassinado. Essa paixão intensa fulminou a sua relação com os Beatles. A banda durou até 1970.
A carreira solo de John Lennon não foi constante. Ele não fez turnês igual Paul McCartney fez com os Wings e em 1975 ele deu uma pausa na carreira para cuidar do filho Sean, que acabara de nascer. Ele voltou aos estúdios em 1980 para lançar o “Double Fantasy”. John autografou o disco de Mark Chapman, o homem que o assassinou na noite do dia 8 de dezembro.
É clichê dizer que Lennon morreu, mas sua música continua eterna, mas é verdade. Eu nem era nascido quando ele morreu. Dezessete anos depois daquela noite trágica em Nova York, um menino de 14 anos se tornaria fã do John Lennon um pouco antes de virar fã dos Beatles.