Tarso de Castro, o genial jornalista que criou o Pasquim e namorou Candice Bergen

06 dezembro 2020 às 00h00

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Uma das estrelas da “Folha de S. Paulo”, Tarso de Castro cobriu as Diretas Já em Goiânia. Morreu aos 49 anos
Em agosto de 1984, quando se realizou em Goiânia gigantesco comício pela volta das eleições diretas, estive no início da noite no bar do Hotel Umuarama, no centro da cidade. Ainda não existia o Castro’s Hotel.
No Umuarama se hospedara o principal líder da campanha, Tancredo Neves. Logo que entrei, chamou-me o ator Stepan Nercessian, convidando-me para a mesa em que estava, em companhia do jornalista Tarso de Castro.

Tive a oportunidade então de desfrutar de um excelente papo com Tarso, que era um jornalista genial. Tarso foi quem criou o suplemento “Folhetim”, da “Folha de S. Paulo”, e um dos fundadores do semanário “O Pasquim”, que desafiou a ditadura.
Tinha fama, por ser um homem bonito, de namorador mulheres belíssimas como a socialite Maria Amélia e a famosa atriz norte-americana Candice Bergen (que chegou a visitar o país para vê-lo).
Tarso de Castro exagerou na bebida. Antes de completar 50 anos, em 1991, morreu de cirrose hepática.