Programa de auditório das rádios era um grande revelador de talentos musicais

29 novembro 2020 às 00h00

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Aos 16 anos, fui ao Rio de Janeiro e assisti o famoso programa de auditório de César de Alencar. Era o programa de maior audiência no Brasil

Quando estava com 12 anos de idade ia à missa de domingo das 9 horas, na Igreja do Coração de Maria. A seguir, seguia até o final da Avenida Paranaíba e ia à Rádio Brasil Central, que ficava na Avenida Anhanguera, em cujo auditório, às 10 horas de domingo, se realizava o programa de maior audiência da emissora de Jeová Bailão.
Algum tempo depois, jornalista, tornei-me amigo dele, que era publicitário, sócio de Fued Nacif em uma importante agência publicitária. Jeová fumava muito. Teve câncer de pulmão e morreu novo.

Saudosos programas de auditório daqueles tempos das rádios. Quando estava com 16 anos fui pela primeira vez ao Rio e, junto com os dois companheiros de viagem, saudosos Vicente Terra e Itamar de Carvalho, fomos no final da tarde de sábado assistir ao famoso programa de auditório de César de Alencar, o alto do Edifício A Noite, na Praça Mauá. Era o programa de maior audiência no Brasil. Os programas descobriam ou reafirmavam talentos musicais, e também jornalísticos.
César de Alencar cometeu um grande equívoco, em 1964. Aconteceu o golpe militar e ele delatou cerca de 100 pessoas ligadas à Rádio Nacional, denunciando-as como subversivas. Isto criou um clima muito ruim contra ele e arruinou sua carreira.