A partida iniciava, a turma da Rádio Globo começava a narrar e comentar. O país parava pra ouvir a envolvente do radialista de Pilar de Goiás

Waldir Amaral: o craque do rádio esportivo | Foto: Reprodução
Nas décadas de 1960 e 1970 quem não estava nos estádios acompanhava os jogos de futebol pelo rádio.
No Rio, os porteiros de edifícios eram aficionados, com seus radinhos junto do ouvido. Praticamente todos ouvindo a narração de Waldir (ou Valdir) Amaral, pela Rádio Globo.
Waldir Amaral era goiano, nascido em 1926, em Pilar de Goiás, criado em Anápolis e iniciou sua carreira na Rádio Clube de Goiânia.

Jorge Curi e Waldir Amaral: narradores de futebol que podem ser chamados de Tostão e Pelé do rádio esportivo | Foto: Reprodução
Líder absoluto de audiência, Waldir Amaral criou seus bordões, como “indivíduo competente”, referindo-se a bons jogadores, “o peixe está na rede” e cognomes a jogadores, como “Príncipe Etíope” (Didi) e o “Rei Zulu” (Zózimo). Criou a designação que acompanha o jogador Zico, o “Galinho de Quintino”.
Waldir Amaral morreu aos 70 anos (dez dias antes de fazer 71 anos), em 1997.
Bordões criados por Waldir Amaral, segundo a Wikipédia:
“Tem peixe na rede do…” — Se referindo ao time que levava gol do adversário.
“Choveu na horta do…” — Waldir Amaral se referindo ao time que fazia gol no adversário.
“É fumaça de gol” — Quando surgia uma oportunidade de gol: “Aproxima-se da área, é fumaça de gol”.
“Caldeirão do Diabo” — A grande área (“Vai cruzar no caldeirão do Diabo”).
“Indivíduo competente” — Quem fazia o gol.
“Deeeeez, é a camisa dele!”
“O visual é bom, Roberto tem bala na agulha” — Quando o jogador ia bater uma falta.
“Jogada Petróleo” — Uma jogada muito boa que resultava em gol (“Um golaço numa jogada joia, uma jogada petróleo!”).
“Estão desfraldadas as bandeiras do Botafogo” — Logo após o gol.
“Deixa comigo” — Após a vinheta do seu nome.
“O relógio marca” — Quando dava o tempo de jogo.
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