Comentarista de rádio esportivo, até por questão do ofício, invariavelmente se torna um palpiteiro. Pode se acomodar nessa situação e mesmo assim seguir carreira profícua — alguns são brilhantes nesse papel. Ocorre que no mundo de hoje, em que a informação chega por várias vias ao leitor/espectador/ouvinte, essa prática está deixando o veículo ultrapassado.

A readequação da figura do cronista esportivo pede a ampliação dos horizontes e quem quiser sobreviver terá de ser multimídia. Nesse sentido, o diretor esportivo da Rádio 730, Charlie Pereira, mostra na prática o que seus comandados podem aprender: além das ações internas, como é de praxe em relação ao cargo que ocupa, ele tem se destacado no microfone por comentários que vão além do trivial e ligam o futebol goiano à conjuntura nacional e ao que acontece no exterior.

Charlie demonstra isso também “por escrito”, por meio do blog que comanda no portal da emissora. O caminho de quem faz jornalismo pelo rádio passa hoje por ressoar para seus ouvintes as informações das outras plataformas, principalmente a internet.