A TV Record chega forte e atropela a TV Anhanguera-Globo

19 março 2014 às 16h07
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A TV Record Goiás anda desbancando a TV Anhanguera-Globo, que já não é mais a mesma (eventualmente, perde também para a TV Serra Dourada). Recentemente, a Record atropelou a Anhanguera, com média superior durante todo o dia.
Orlando Loureiro, o diretor de Jornalismo da Anhanguera, é competente e sério. Mas fica-se com a impressão de que não encontrou o “ponto g” do sucesso jornalístico. Sua equipe é eficiente — a apresentadora do “Jornal Anhanguera”, da segunda edição, melhorou muito; só precisa sorrir um pouco mais, para não parecer autômato —, mas, com a tevê aberta popularizada, parece que não soube definir um eixo (a Anhanguera, ao misturar o popularesco com o chique, perde sua identidade). Com isso, com a Record mais definida, estabelecida num nicho mais popular, a Anhanguera cai, e a concorrente melhora seus índices.
Com a Record é assim: goste-se ou não, assiste-se. O “Balanço Geral” é visto pelo rico, pela classe média e pelo pobre. O pobre admite, a classe média desconversa e o rico às vezes confessa que vê. O fato é que todos veem e, no geral, aprovam, principalmente nos dias em que Oloares Ferreira, que percebeu que jornalismo, nos tempos modernos, tem um quê de entretenimento. Por isso, além de apresentador, é uma espécie de showman, supercompetente e adorado pelos telespectadores.
A Record de Goiás é tão forte, assim como a TV Serra Dourada, que a Globo mandou olheiros secretamente para examinar os programas da emissora. Não para copiar, e sim para entender porque a Anhanguera às vezes leva um “banho” federal de tevês, a Record e a Serra Dourada, que trabalham com estruturas bem menores, porém, não raro, mais eficientes.