O ator de Hollywood é dono de 100 máquinas de escrever. Nos contos, as máquinas se tornam praticamente personagens

O ator Tom Hanks têm duas paixões: o cinema e máquinas de escrever. Ele é dono de cem máquinas de escrever — sua obsessão. Para homenageá-las, e certamente encantar os leitores, lança em outubro o livro “Uncommon Type”. Com versão em audiolivro.

A obra contém 17 contos. Em todos ao menos uma máquina de escrever é mencionada. Quer dizer, é quase uma personagem. Ou é uma personagem. Segundo o jornal “El Periodico”, as histórias versam sobre “um refugiado que foge de uma guerra civil, um bilionário excêntrico e a vida de um escritor em plena ascensão”.

A paixão por máquinas de escrever é tão intensa que levou Tom Hanks “a impulsionar uma app, Hanx Writer, que permite converter textos escritos em processadores em textos semelhantes aos datilografados em máquinas de escrever”.

No tempo que sobra entre os vários filmes que faz, tanto nos Estados Unidos quanto na Europa, Tom Hanks escreve literatura. Ele escreve em aviões, no escritório e em sua casa. Costuma escrever das 9 às 13h.

Jornais brasileiros anunciaram o lançamento de um livro de Tom Hanks a respeito de máquinas de escrever há pelo menos dois anos. Mas a notícia do “El Periodico” é de quarta-feira, 22. Deve ser outro livro.

Depoimento

Tenho uma máquina de escrever Olivetti, da década de 1980. Funciona, mas há os problemas de encontrar as fitas e os teclados que eventualmente travam. Arranjar um técnico para consertá-la está cada vez mais difícil. Mas não desfaço de minha máquina — e do meu toca-discos Phillips, de mais de 40 anos — de maneira alguma. Acompanha-me como se fosse um filho eterno.