“Há uma placa que pode ser vista em muitas lojas que vendem itens lindos, mas frágeis: bonito, de se ver, encantador de segurar, mas, quando você quebra, está vendido. O mesmo pode ser dito sobre a democracia.” — Stephen King, escritor americano

O escritor americano Stephen King, de 77 anos, um best-seller global, anuncia que deixou o X de Elon Musk e seus 27 milhões de seguidores. O prolífico autor migrou para o Threads, da Meta.

“Estou saindo do Twitter. Tentei ficar, mas a atmosfera se tornou muito tóxica. Me siga no Threads, se quiser”, disse Stephen King.

“Saí do Twitter. Onze anos, cara. Ele realmente mudou. Ficou obscuro. Estar no Threads é libertador”, ressaltou, na sexta-feira, 15.

Embora seja crítico do extremo-direitismo de Elon Musk, Stephen King relata que, ao contrário do que disseram, não o desqualificou. “Veja que há um rumor circulando de que chamei Musk de ‘nova primeira-dama do Trump’. Não chamei, mas só porque não pensei nisso. Também há um rumor circulando de que Muskie me expulsou do Twitter. No entanto, aqui estou eu”, ironizou o rei do terror.

Crítico do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump — o mestre da Era da Trumpulência —, e do destemperado Elon Musk, o bilionário sul-africano, Stephen King apoiou a democrata Kamala Harris.

Ante a derrota de Kamala Harris, na disputa pela Presidência dos Estados Unidos, Stephen King escreveu: “Há uma placa que pode ser vista em muitas lojas que vendem itens lindos, mas frágeis: bonito, de se ver, encantador de segurar, mas, quando você quebra, está vendido. O mesmo pode ser dito sobre a democracia”.

Elon Musk, o rei das big techs, e Donald Trump, o rei das fake news dos EUA | Foto: Reprodução

Guardian sai oficialmente do X de Elon Musk

Na quarta-feira, 13, “The Guardian”, um dos mais importantes jornais da Europa, informou que não vai mais divulgar suas reportagens no X. “Gostaríamos de informar aos leitores que não publicaremos mais em nenhuma conta editorial oficial do ‘Guardian’ no site da rede social X”, informou a cúpula do jornal britânico.

“Isso é algo que estamos considerando há algum tempo, dado o conteúdo frequentemente perturbador promovido ou encontrado na plataforma, incluindo teorias de conspiração de extrema-direita e racismo”, acrescentou a publicação da terra de Shakespeare e Ian McEwan.

O fato de o X, sob Elon Musk, ter reduzido as equipes de moderação, para permitir os excessos da extrema-direita, não é aprovado pelo “Guardian”.

“A campanha eleitoral presidencial dos Estados Unidos serviu apenas para enfatizar o que consideramos há muito tempo: que o X é uma plataforma de mídia tóxica e que seu proprietário, Elon Musk, conseguiu usar sua influência para moldar o discurso político”, sublinhou o “Guardian”.