Livro resgata a história do jornalista e empresário que empregava 10 mil pessoas e mudou a imprensa brasileira
Mino Carta, jornalista da linhagem dos estilistas, criticou Roberto Civita (1936-2013) em dois de seus livros, apresentados como romances (à clef, por certo). Tratou-o como medíocre, mas se trata de vindita. Nenhum dos dois é medíocre; são, na verdade, grandes realizadores que, em algum momento, discordaram um do outro e seguiram caminhos diferentes. Civita era sobretudo um empresário do ramo de comunicação que, de fato, entendia como poucos de jornalismo.
A “Veja”, a “Exame” e a “Quatro Rodas”, para citar três publicações bem-sucedidas e longevas, deve seu sucesso editorial e comercial ao seu tino como jornalista e empreendedor. Entre suas virtudes estava a de saber contratar jornalistas de qualidade. Faltava uma biografia, decente ou indecente, do criador de revistas. Não falta mais. Carlos Maranhão, jornalista e biógrafo refinado, lança “Roberto Civita — O Dono da Banca: A Vida e as Ideias do Editor de Veja e da Abril” (Companhia das Letras, 592 páginas).
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