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O romance “A Mãe da Mãe de Sua Mãe e Suas Filhas”, sucesso no Brasil, agora conquista o mercado oriental

O cânone literário do Brasil precisa ser mais inclusivo. Não deve se circunscrever ao passado, com a adoção apenas de Machado de Assis, Graciliano Ramos, Guimarães Rosa, Clarice Lispector e Lygia Fagundes Teles (de 97 anos) — a única viva (portanto, do presente, mas com uma obra aparentemente concluída). É preciso incluir vários outros escritores, como Maria José Silveira, Ana Maria Gonçalves, Cristóvão Tezza, Miguel Sanches Neto e Milton Hatoum, todos vivos e produtivos.

Ana Maria Gonçalves é autora do romance “Um Defeito de Cor” (Record, 952 páginas). Maria José Silveira é autora de uma obra cada vez mais ampla e variada. “A Mãe da Mãe de Sua Mãe e Suas Filhas” (Globo Livros, 320 páginas) é um de seus romances mais lidos e comentados. Com um título que não deixa de ser poético.

Maria José Silveira: escritora brasileira lida em vários países | Foto: Reprodução

O jornalista Ancelmo Gois, de “O Globo” (segunda-feira, 6), informa que o romance de Maria José Silveira, publicado em 2002, “foi vendido pela agência literária Villas-Boas & Moss à taiwanesa Homeward Publishing”. O jornalista acrescenta que o livro já foi traduzido nos Estados Unidos, na Itália, na França e na Turquia.

Ser lida em chinês significa várias coisas. Uma delas é que o público chinês — e se está falando tanto de Taiwan quanto da China — é gigante e está lendo, cada dia mais, publicações globais.