Mario Sergio Conti entrevistou um sósia do técnico da Seleção Brasileira de Futebol acreditando que estava entrevistando Felipão. O jornalista admitiu o erro e fez a correção. Por que massacrá-lo? Fica-se com a impressão de que rancores antigos, dada sua posição de mando em pelo menos três redações, “Veja”, “Jornal do Brasil” e “Piauí” — o que sempre gera desgaste com subordinados, mesmo com os mais talentosos (jornalistas detestam ser criticados e corrigidos) —, estão sendo expostos como se fossem críticas isentas.

O erro de Mario Sergio Conti entra para a categoria dos primários, mas possíveis. O que não se deve é avaliar o trabalho anterior e atual do jornalista pela falha — apenas uma. O ex-editor da “Veja” é um dos melhores jornalistas de sua geração, tanto que, sob sua direção, a revista era bem melhor. Assim como a “Piauí”, sua criação, ao lado de João Moreira Salles, é uma publicação de qualidade. Conti escreve muito bem e não é nenhum néscio. Apesar da crítica negativa de Mino Carta, seu livro “Notícias do Planalto” é uma importante crônica dos anos Collor.