Os “goianos” que são citados no livro sobre Frei Tito, o aliado de Carlos Marighella
31 maio 2014 às 11h01
COMPARTILHAR
Ao menos três personalidades públicas de Goiás são citadas no livro “Um Homem Torturado — Nos Passos de Frei Tito de Alencar” (Civilização Brasileira, 418 páginas), das jornalistas Clarisse Meirelles e Leneide Duarte-Plon. Frei Tito é o dominicano que, preso e torturado pelo delegado Sérgio Paranhos Fleury, delinquente a serviço do Estado, suicidou-se na França, em 1974.
Henrique Meirelles, ex-presidente do BankBoston e do Banco Central do Brasil e atual presidente da holding J & F (que dirige a JBS), é citado uma vez. “Foi antes da ditadura, num encontro nacional da JEC, no Rio de Janeiro, em 1961, que Tito e [Frei] Betto se conheceram. Nesse mesmo encontro, havia um militante da JEC de Anápolis, chamado Henrique Meirelles”, relatam as autoras. Meirelles é primo de Aldo Arantes, líder histórico do Partido Comunista do Brasil (PC do B).
Nestor Mota é mais conhecido como um pacífico professor de yoga, em Goiânia. Mas entre as décadas de 1960 e 1970, noviço dominicano, mantinha ligação com Carlos Marighella. Nestor foi levado para o presídio Tiradentes junto com Frei Betto. No presídio, Nestor se tornou um dos mais qualificados artesãos, ao lado de Takao Amano e Terada.
O admirável Dom Tomás Balduíno, recentemente falecido, acompanhou o traslado do corpo de Frei Tito para o Brasil, em 1983.