Olga Tokarczuk e Peter Handke ganham Nobel de Literatura de 2018 e 2019

10 outubro 2019 às 12h38

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A polonesa é uma refinada ensaísta, poeta e romancista. O austríaco é romancista, dramaturgo, ensaísta e roteirista de cinema

A Academia Sueca concedeu o Prêmio Nobel de Literatura para a polonesa Olga Tokarczuk (o de 2018), de 57 anos, e para o austríaco Peter Handke (o de 2019), de 76 anos.
Formada em Psicologia, a polonesa Olga Tokarczuk publicou vinte livros e está traduzida em 30 línguas. Estreou com uma coletânea de poesia, em 1989. A Editora Tinta Negra publicou “Os Vagantes”. A obra será republicada, pela Editora Todavia, sob o título de “Viagens”. Em novembro, sai pela Todavia, “Sobre os Ossos dos Mortos”, um romance.
O austríaco Peter Handke é bem mais conhecido no Brasil e houve uma época em que era muito lido, até sair de moda. Ele é romancista, ensaísta, dramaturgo e roteirista de cinema (trabalhou com o diretor Wim Wenders em “Asas do Desejo” e “Os Belos Dias de Aranjuez”. A Editora Perspectiva lançou, em 2015, a antologia: “Peças Faladas” (com os textos “Predição”, “Insulto ao Público”, “Autoacusação” e “Gritos de Socorro”. A Estação Liberdade publicou “A Perda da Imagem: Ou Através da Sierra de Gredos” e “Don Juan (Narrado Por Ele Mesmo)”. A Editora Brasiliense pôs nas livrarias “O Medo Goleiro Diante do Pênalti & Bem-aventurada Infelicidade” — que, quando lançado, fez muito sucesso — e “A Mulher Canhota e Breve Carta para um Longo Adeus”. A Documenta editou “Os Belos Dias de Aranjuez”.
Motivo da escolha de Olga Tokarczuk
A Academia Sueca deu o Nobel de Literatura a Olga Tokarczuk por sua “imaginação narrativa que, com paixão enciclopédica, representa o cruzamento de fronteiras como uma forma de vida”. (Frise-se que, devido a escândalos, inclusive sexuais, o Nobel de Literatura de 2018 não foi concedido em 2018.)
Motivo da escolha de Peter Handke
A Academia Sueca premiou Peter Handke com o Nobel de Literatura “por um trabalho influente que, com engenhosidade linguística, explorou a periferia e a especificidade da experiência humana”.