O self made man Nestore Scodro, fundador da Mabel, lança livro que conta sua história

17 maio 2017 às 16h46

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Lançamento foi na noite de terça-feira, na Livraria Saraiva, do Shopping Flamboyant

Cezar Santos
Uma solenidade informal e concorrida, com a presença de políticos, empresários e amigos da família Scodro, marcou o lançamento do livro “O Bom e Velho Jeito de Empreender” (Gente Editora, 256 páginas), de Raquel Pinho, na
terça-feira (16/5), na Livraria Saraiva, do Shopping Flamboyant. O autor, Nestore Scodro, assinou dedicatória em dezenas de exemplares de sua realização. O ex-deputado Sandro Mabel, filho de Nestore, fez as honras da casa, recebendo os convidados.
O livro conta a saga dos irmãos italianos Nestore e Udelio Scodro, que fundaram em São Paulo a fábrica de biscoitos Mabel, que se tornou uma potência na área e depois se instalou em Goiás. A obra relata a vida e a construção da fábrica, duas histórias que se entrelaçam. Nestore parte de sua infância na Itália, a vinda para o Brasil, em 1949, aos 19 anos, e a vida a partir de então. De simples funcionários de uma fábrica, ele e o irmão saem para erguer um grande empreendimento, um autêntico case de sucesso empresarial.
Não por acaso, o subtítulo da publicação é: “Conheça as lições surpreendentes de quem fundou a Mabel, um império bilionário e uma das marcas mais fortes e tradicionais da indústria brasileira”.
Trecho do posfácio do livro “O Bom e Velho Jeito de Empreender”

“Até hoje, toda vez que entra em um supermercado, Nestore faz questão de passar pela seção de biscoitos. Examina as embalagens, os lançamentos, as novidades e as mudanças. O hábito desenvolvido ao longo dos sessenta anos permanecesse. ‘Uma mulher vai olhar uma vitrine de roupas, eu vou olhar a de biscoitos’, compara. É uma curiosidade, um prazer do qual ele não abriu mão.
“Após a venda da Mabel, Nestore permaneceu em Miami com a esposa, Luiza, onde já viviam e estavam adaptados.
“Desprendido, continuou sendo importador e distribuidor, nos Estados Unidos, dos biscoitos que criara. Havia trabalhado duro por quinze anos para conquistar espaço naquele país de regras tão rígidas, e a Mabel já estava dentro das melhores redes de supermercados da Flórida de outros Estados norte-americanos. Não podia abrir mão dessa conquista.
“E daí se a família não era mais dona da marca? Para ele, a Mabel era como um filho que, mesmo tendo ganhado asas e voado, seria eternamente estimada e querida. Não havia espaço para orgulho ferido ou rancores. O que sentiu foi um grande pesar quando a PepsiCo decidiu encerrar, em 2014, as exportações ao país, que em sua visão é uma vitrine para o mundo.”