Lançamento foi na noite de terça-feira, na Livraria Saraiva, do Shopping Flamboyant

Nestore Scodro: violinista italiano que, no Brasil, decidiu se tornar empresário e fundou a Mabel| Foto: Fernando Leite / Jornal Opção

Cezar Santos

Uma solenidade informal e concorrida, com a presença de políticos, empresários e amigos da família Scodro, marcou o lançamento do livro “O Bom e Velho Jeito de Empreender” (Gente Editora, 256 páginas), de Raquel Pinho, na

terça-feira (16/5), na Livraria Saraiva, do Shopping Flamboyant. O autor, Nestore Scodro, assinou dedicatória em dezenas de exemplares de sua realização. O ex-deputado Sandro Mabel, filho de Nestore, fez as honras da casa, recebendo os convidados.

O livro conta a saga dos irmãos italianos Nestore e Udelio Scodro, que fundaram em São Paulo a fábrica de biscoitos Mabel, que se tornou uma potência na área e depois se instalou em Goiás. A obra relata a vida e a construção da fá­bri­ca, duas his­tórias que se en­trelaçam. Nestore parte de sua infância na Itália, a vinda para o Brasil, em 1949, aos 19 anos, e a vida a partir de então. De simples funcionários de uma fábrica, ele e o irmão saem para erguer um grande empreendimento, um autêntico case de sucesso empresarial.

Não por acaso, o subtítulo da publicação é: “Co­nhe­ça as lições surpreendentes de quem fundou a Mabel, um império bi­lionário e uma das marcas mais for­tes e tradicionais da indústria brasileira”.

Trecho do posfácio do livro “O Bom e Velho Jeito de Empreender”

Livro “O Bom e Velho Jeito de Empreender” exposto em livraria de Goiânia | Foto: Euler de França Belém/Jornal Opção

“Até hoje, toda vez que entra em um supermercado, Nestore faz questão de passar pela seção de biscoitos. Examina as embalagens, os lançamentos, as novidades e as mudanças. O hábito desenvolvido ao longo dos sessenta anos permanecesse. ‘Uma mulher vai olhar uma vitrine de roupas, eu vou olhar a de biscoitos’, compara. É uma curiosidade, um prazer do qual ele não abriu mão.

“Após a venda da Mabel, Nestore permaneceu em Miami com a esposa, Luiza, onde já viviam e estavam adaptados.

“Desprendido, continuou sendo importador e distribuidor, nos Estados Unidos, dos biscoitos que criara. Havia trabalhado duro por quinze anos para conquistar espaço naquele país de regras tão rígidas, e a Mabel já estava dentro das melhores redes de supermercados da Flórida de outros Estados norte-americanos. Não podia abrir mão dessa conquista.

“E daí se a família não era mais dona da marca? Para ele, a Mabel era como um filho que, mesmo tendo ganhado asas e voado, seria eternamente estimada e querida. Não havia espaço para orgulho ferido ou rancores. O que sentiu foi um grande pesar quando a PepsiCo decidiu encerrar, em 2014, as exportações ao país, que em sua visão é uma vitrine para o mundo.”