O que dirá José Ramos Tinhorão sobre a história do samba escrita por Lira Neto?
19 fevereiro 2017 às 19h11
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O livro foi incensado por críticos categorizados como João Máximo, Julio Maria, Sérgio Martins e Luiz Fernando Viana. Mas o que todos perguntam: o que dirá o rigoroso pesquisador da música patropi
Quatro críticos notáveis de música — o incontornável João Máximo (“O Globo”), Julio Maria (“Estadão”), Sérgio Martins (“Veja”) e Luiz Fernando Viana (“Folha de S. Paulo”) — deram o veredicto: o primeiro volume de “Uma História do Samba — As Origens” (Companhia das Letras, 376 páginas), do jornalista Lira Neto, é de uma excelência extraordinária. O uso do artigo “uma”, e não do artigo “a”, sugere que, se há pretensão, há também despretensão. Os comentaristas sugerem que o samba, sua história, é praticamente redescoberto pelo pesquisador.
Se o livro de Lira Neto, parte de uma trilogia, ganhou análise dos melhores críticos dos jornais (e de uma revista) patropis, o que se espera agora?
O que se espera, em todas as redações e até na universidade, é a crítica de José Ramos Tinhorão, de quem alguns (ou muitos) discordam, chegando a apontá-lo como um analista conservador, mas num ponto todos concordam: é um dos mais qualificados pesquisadores da história da música no Brasil.
Há quem acredite que José Ramos Tinhorão se julga o historiador que sabe tudo sobre a música brasileira. Pode ser, e ele é mesmo ranheta, por exemplo a respeito da bossa nova. Mas, como pesquisador, merece crédito.