O Popular falava em “ocupação” de escolas e agora usa “invasão” pra denominar ação do MST

09 março 2016 às 08h26
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Meios de comunicação tratam movimentos sociais como luvas de pelica… até se tornarem vítimas
Já disseram que a maldição e a redenção do homem começam na linguagem. É provável que seja assim. Quando a Sefaz e escolas do governo do Estado foram invadidas, recentemente, a TV Anhanguera e “O Popular” usaram um eufemismo: foram ocupações. Mas agora, quando os sem-terra ocuparam e picharam a sede do Grupo Jaime Câmara, seus veículos encontraram, finalmente, a palavra apropriada — “invasão”.
Editores e jornalistas, por vezes, aderem ao populismo, tentando agradar segmentos muito bem organizados da sociedade, e usam uma linguagem suave para denominar ações que beiram o terrorismo. Quando se tornam vítimas, não sabem como se comportar.
Trecho de reportagem de O Popular
“Integrantes do Movimento Sem Terra (MST) invadiram, na noite desta terça-feira (8), a sede do Grupo Jaime Câmara, que abriga veículos como TV Anhanguera, os jornais O Popular e Jornal Daqui, e a rádio CBN.”
(A foto é de Cristiano Borges/O Popular)